Anotações: De Christiana expeditione apud Sinas, de Mateus Ricci
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Data de atualização: 2019/08/04
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Anotações: De Christiana expeditione apud Sinas, de Mateus Ricci
Data de atualização: 2019/08/04
É o mais emblemático templo de Macau e localiza-se no Largo do Pagode da Barra, no Porto Interior, onde se acreditou e é teoria aceite que os portugueses aportaram pela primeira vez, no século XVI. Tem uma inscrição que situa a construção do templo em 1605. No entanto, o Padre Matteo Ricci, que aportou a Macau a 7 de Agosto de 1582, faz alusão a esse templo, referindo que os portugueses tinham tido permissão para se fixar no local. Assim, provavelmente, a construção será anterior a 1557, mas terminada em 1629. Tem um pavilhão que data de 1488. Sucessivas construções, reconstruções e restauros deram origem ao actual templo, cujo conjunto de capelas se estende pela colina, entre vegetação e rochedos com inscrições e barcos gravados. Tanto no exterior como no interior, figuras representando cenas da vida chinesa, animais fabulosos e frases budistas decoram as paredes. Numa pedra larga, está gravado, em baixo relevo, um junco que representa a embarcação que trouxe a deusa a Macau. O templo está ligado à origem do nome Macau, devido à divindade a que está consagrado: À-Má (Ama 阿媽), rainha dos céus e protectora dos navegantes, principalmente pescadores, e ao vocábulo Ngau (Ao 澳), que quer dizer baía. À-Má (Ama 阿媽) também é designada por Tin Hão (Tianhou 天后), Tian Fei (Tianfei 天妃) [Concubina do Céu] ou Tou Mou (Daomu 道母) [Mãe do Caminho]. Originalmente, Tin Hão (Tianhou 天后) chamava- se Lam Mak Neong (Lin Moniang 林默娘). Nasceu em Pou Tin (Putian 莆田), Fujian 福建, no 23.º dia da terceira lua de 960, durante a Dinastia Song 宋, tendo falecido aos 28 anos. Consta que durante a sua vida ajudou os pescadores com os seus conhecimentos de Medicina e de previsão de tempo. Após ter falecido, tornou-se uma deusa. A lenda mais conhecida ligada a esta figura histórica relata que esta, querendo viajar num junco de pescadores pobres até Cantão, depois de muitos outros lhe terem recusado transporte, conseguiu a almejada boleia. Durante a viagem ocorreu uma forte tempestade que levou ao naufrágio de todas as embarcações, excepto da embarcação em que viajava À-Má (Ama 阿媽). Quando aportaram ao Porto Interior, na zona que hoje é Macau, a jovem, ao subir a encosta, desapareceu numa auréola de luz e perfume. Existem quatro capelas no templo, estando a primeira, dedicada a À-Má (Ama 阿媽), em frente ao vestíbulo, e a segunda, devotada à mesma divindade, no pátio à direita. Quanto à terceira capela, localiza-se já na encosta, situando-se a quarta, dedicada a Kun-Iam (Guanyin 觀音), no topo da colina. As divindades a que se presta culto são Kun Iam (Guanyin 觀音) e Tin Hão (Tianhou 天后) ou À-Má (Ama 阿媽), cujas festividades recaem no 1.º dia do 1.º mês lunar e no 23.º dia do 3.º mês lunar (Abril ou Maio). Em 1983, após a passagem do tufão Ellen, que destruiu parte do templo, foram realizadas obras de reconstrução. Foi novamente restaurado em 1988, quando um dos templos foi destruído por um incêndio. Entre 1996 e 1997 foram executadas obras de restauro e conservação.
Ma Kok Miu (Mage Miao 媽閣廟 – ou Templo de À-Má [Ama 阿媽])
Tempo: | Época da República entre 1911 e 1949 |
1925-1941 | |
Local: | Península de Macau-Freguesia de São Lourenço |
Templo de A-Má | |
Palavra-chave: | Templo |
Quiosque Zhan Xu | |
Pavilhão Hong Ren |
Fotografia: | Catela, José Neves |
Fonte: | José Neves Catela, Macau Memórias Reveladas, Museu de Arte de Macau, 2001, p.84. ISBN 99937-29-26-4 |
Proprietário actual: | Fundação Macau |
Local de depósito: | Museu de Arte de Macau |
Fornecedor da digitalização: | Fundação Macau |
Idioma: | Chinês |
Inglês | |
Português | |
Tipo: | Fotografia |
Preto e branco | |
Formato das informações digitais: | TIF, 4299x3032, 49.74MB |
Identificador: | p0000080 |
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