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Data de atualização: 2024/04/18
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No dia 27 de Fevereiro de 1847, o Leal Senado queixou-se e reclamou para Lisboa contra a obra governativa do Conselheiro João Maria Ferreira do Amaral.
Leal Senado queixou-se e reclamou para Lisboa
Pelo Edital de 8 de Fevereiro de 1851, constando ao Procurador que vários Chinas perturbadores do socego público andão espalhando vozes, dizendo que os Portugueses vão atacar as aldeias vizinhas, só com o fito de tirarem vantagem desse boato, fazendo com isso assustar as famílias dessas aldeias, que até hoje tem vivido socegadas. O Procurador de novo declara ao público que taes boatos não merecem credito algum, e que aos bons e pacíficos Chinas moradores desta Cidade e das Aldeias vizinhas sempre se dará protecção, que vivão socegados, e sejam obedientes às leis que regem esta poseção portuguesa, e assim S. Exa. o novo Governador fará sempre manter a justiça, boa ordem, e segurança individual.
O Procurador declara ao público que taes boatos não merecem credito algum
Nos termos do Edital de 30 de Abril de 1851, em virtude do Edital de 19 de Março último, se faz público que em 4 de Maio próximo se principará a cobrança dos impostos das lojas e boticas Chinas, do primeiro e segundo quartel vencidos, a contar desde 1º de Agosto de 1850, até o fim de Janeiro de 1851, aquele que faltar ao pagamento, no prazo de 30 dias, que finaliza na 4 de Junho futuro, pagará mais seis por Cento sobre a colecta imposta. E para que chegue ao conhecimento de todos, se publica este, por ordem do Exmo. Sr. Governador.
Cobrança dos impostos das lojas e boticas Chinas
No dia 6 de Maio de 1847, o Governador Ferreira do Amaral escreve ao Comissário Qi Ying dizendo que ia ser levantado um forte contra a pirataria, na Ilha da Taipa. Qi Ying resistiu mas acabou por responder: “dadas as reiteradas requisições do Nobre Governador e com toda a satisfação permiti que se erguesse ali uma casa para soldados, para mostrar assim que desejo ser sócio no doce e no amargo...”. (Cfr. “Chapa de Qi Ying ao Governador, de 13 de Agosto de 1847” anexa ao Ofício do Governador ao Ministério do Ultramar, de 23 de Agosto de 1847). A Caixa de 1847 da 2.ª Secção, Macau, no Arquivo Histórico Ultramarino contém esta notícia e outras correlativas.
Taipa sob a posse de Ferreira do Amaral
Pelo Edital de 1 de Agosto de 1851, o Governador faz saber que havendo-se já estabelecido pela competente Comissão a colecta para o pagamento dos impostos das lojas e casas Chinas do 3º e 4º quartel vencidos, a contar desde o 1º de Fevereiro até ao fim de Julho do corrente ano, há por conveniente ordenar, que seja publicada a relação dos colectados, sendo-lhes concedido o prazo de 30 dias a contar desta data para fazerem os pagamentos na estação já designada nos anteriores Editais, e 15 dias desta data para as competentes reclamaçaões, findos os quaes se procederá na forma ordinária contra aqueles, que faltarem ao devido pagamento.
Prazo para fazerem os pagamentos dos impostos
No Boletim do Governo n.º 74 desta data (18 de Março de 1849) é publicada a determinação do governo de proibir que os Mandarins entrem em Macau tocando bátega, como fazem quando entram em terras chinesas.
Proibir que os Mandarins entrem em Macau tocando bátega
No dia 23 de Abril de 1849, o Governador João Maria Ferreira do Amaral determinou que não fosse matriculada nenhuma lorcha que não tivesse pelo menos “uma terça de equipagem” composta por cristãos e gente que não fosse chinesa, e que não estivesse suficientemente armada, e registada na Fortaleza da Barra, com todo o seu armamento.
Ferreira do Amaral regula a matriculação de lorchas
No dia 26 de Novembro de 1849, o macaense António José de Miranda, Secretário do Govemo, publicou o “Manifesto do Conselho do Governo da Província de Macau, Timor e Solor, ou Exposição demonstrativa do procedimento das autoridades chinesas da Província de Cantão, com relação ao desastroso sucesso havido em Macau no dia 22 de Agosto de 1849 [Assassinato do Governador João Maria Ferreira do Amaral]”.
Manifesto do Conselho do Governo da Província de Macau sobre assassinato de Ferreira do Amaral
O ano 1849 foi a data aproximada da criação do jogo do “Fantan”, em Macau ou, pelo menos, data da l.ª licença para esse efeito, concedida por um governador, Ferreira do Amaral. Com as subsequentes lotarias chinesas “Vae-seng” e “Pacapio”, esta actividade lúdica foi negócio e equilíbrio financeiro de grande alcance para Macau, após o enfraquecimento económico causado pelo estabelecimento inglês em Hong Kong (1841). (Cfr. Luís Quental, “O Fantan em Macau. No Século XIX” - in Revista Macau, II série, n.º 4, Macau, Agosto 1992).
Criação do jogo do “Fantan”
Tempo: | Após o estabelecimento da RPC em 1949 até 1999 |
03/12/1966 | |
Local: | Península de Macau-Freguesia de São Lourenço |
Praia Grande | |
Palavra-chave: | Incidente 1, 2, 3 |
Conflito | |
Polícia |
Fotografia: | Fung Cheoc Wa |
Fonte: | Staci, Chio Ieong and Terence, Hun Kuong U (coordenação de edição), Cinquenta anos num olhar : meio século documentado pela Associação Fotográfica de Macau, Museu de Arte de Macau, 2008, p. 75. ISBN 978-99937-59-72-0 |
Direito de propriedade: | Associação Fotográfica de Macau |
Fornecedor de trabalho digital: | Associação Fotográfica de Macau |
Autoridade: | Autorização de uso concedida à Fundação Macau pela Associação Fotográfica de Macau. |
Idioma: | Chinês |
Português | |
Inglês | |
Tipo: | Imagem |
Fotografia | |
Preto e branco | |
Identificador: | p0014299 |
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