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Data de atualização: 2023/06/19
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No dia 18 de Julho de 1847, o Sendo Bispo da Diocese D. Jerónimo José da Mata, foi fundada em Macau a Arquiconfraria do Imaculado Coração de Maria, na Paróquia de Santo António. O 1.º Centenário foi solenemente lembrado em 15 de Abril de 1947, sendo pároco o Padre José António Augusto Monteiro. Ao longo dos primeiros 100 anos inscreveram-se, segundo o livro do catálogo,1691 associados. (Cfr. esta Cronologia…, 1947).
Fundada Arquiconfraria do Imaculado Coração de Maria em Macau
No dia 23 de Setembro de 1720, chegou, na nau Rainha dos Anjos, Carlos Ambrósio Mezzabarba, Patriarca de Alexandria e Legado do Papa. Esta nau regressou, em vésperas do Natal de 1721, mas viria a arder ao largo do Rio de Janeiro em 1722 (16 de Junho), e com ela o precioso presente do Imperador da China para o Rei de Portugal, (cfr. Silva, Beatriz Basto da. Cronologia da História de Macau. Macau, Livros do Oriente, vol. I, 3.ª ed., 2015.1721, Maio, 6).
Patriarca de Alexandria e Legado do Papa
No dia 10 de Fevereiro de 1751, o Senado concede licença ao seu tesoureiro, Manuel Fernandes, para ir ao Tonquim como piloto do barco S. Paulo dos jesuítas; o S. Paulo partiu, levando os seguintes missionários jesuítas: Bento Ferreira (português), Jácome Simonelli (italiano), e três alemães: José Keyser, João Hope e Simão Hope. Desta viagem não resultou “proveito nenhum, nem ao Espiritual, nem ao temporal: pois veio a dita Embarcação para esta Cidade com as fazendas, que desta Cidade levaram para vender no Reino de Tonquim, não trazendo nenhumas do dito Reino, mas antes vieram os oficiais da dita Chalupa, Cap. Manuel Fernandes Salgado e piloto Manuel Fernandes, bem aperriados, e arruinados, e deram graças a Deus o escapar com as suas vidas”. Outro termo do Senado, de 4 de Dezembro de 1751, conclui: “A embarcação de Tonquim, que os padres da Companhia pretendiam fosse à custa do Senado com Embaixada, Sagoate e outras despesas extraordinárias a fim de seus interesses, e da Missão, foi com efeito por conta dos ditos Padres com cabedal seu e de particulares; e o resultado foi achar-se falsa a Chapa ou Chapas que o Rei mandou a Macau aos Padres, em que lhes pedia Barco e Padres; e voltaram as fazendas e os Padres, que pretendiam ficar públicos: ficaram alguns ocultos e um voltou”.
Senado concede licença ao seu tesoureiro, Manuel Fernandes
No dia 30 de Junho de 1734, morre no Convento de St.º Agostinho, e é sepultado na Igreja de N. Sra. da Graça, em Macau, D. Fr. Francisco da Purificação, O.E.S.A., Bispo de Pequim.
Morre o Bispo de Pequim
No dia 20 de Setembro de 1735, faleceu o 4.° Bispo da Diocese, D. João do Casal, natural de Viana do Castelo, com 94 anos de idade e 43 anos e três meses de governo do bispado. Ainda exerce como Governador interino e é ele que entrega o governo, a 24 de Agosto, ao seu sucessor. Foi fundador do Cabido e prestou relevantes serviços a esta cidade. Foi sepultado na capela do Santíssimo, na Sé Catedral. V. Governadores de Macau, coordenação de Jorge Santos Alves e António Vasconcelos de Saldanha. Investigação e textos de Paulo Sousa Pinto, António Martins do Vale, Teresa Lopes da Silva e Alfredo Gomes Dias. Editora Livros do Oriente, Portugal, 2013, p. 101.
Faleceu o 4.° Bispo da Diocese, D. João do Casal
No dia 14 de Março de 1742, D. Fr. Hilário de Santa Rosa, O.F.M., embarca em Lisboa na fragata S. Pedro e S. João, de que era Capitão de mar-e-guerra João Pereira de Carvalho. Vinham na mesma fragata 4 jesuítas (um deles o famoso Pe. Montanha) e 2 franciscanos. Os 2 franciscanos eram Fr. Albino de Assunção e Fr. José de Jesus Maria; este, nos poucos anos que aqui se demorou (1742-1746), escreveu a preciosa obra Azia Sinica e Japonica, que C.R. Boxer publicou com anotações, em 2 vols. e de que nos vimos socorrendo neste trabalho. Cfr. História Breve dos Bispos da Diocese de Macau, 1576 – 2006. Ed. do Paço Episcopal. RAEM, 2006.)
D. Fr. Hilário de Santa Rosa, O.F.M., embarca em Lisboa
Em Novembro de 1742, no Colégio de S. Paulo em Macau, o Pe. José Montanha, S.J., e o Irmão Jorge Álvares começam o processo de cópia dos documentos importantes do estabelecimento ou nele guardados; este acervo virá a constituir a colecção preciosa “Jesuítas na Asia”. No dia 5 de Novembro de 1742, chegada do novo Bispo D. Fr. Hilário, segundo documento da época: “De bordo em distancia de sete legoas, tendo a Nau dado fundo com vento contrario defronte da Ilha dos Ladroens, escreve S. Exa. ao guardião de S. Francisco avizando-o que no seu Convento inteiramente se dezejava recolher, e como chegasse primeiro a bordo hum escaler, ou escucha dos Padres da Companhia a buscar para terra quatro Padres seus que vinhão no mesmo navio, persuadido por elles S. Exa. se embarcou também, e por ser ja tarde quando chegarão pernoitamos todos no Collegio de São Paulo, adonde S. Excia. foi com todo o applauzo recebido, sem que a tarde e a noite fosse impedimento para o Governador desta Praça, Manuel Pereira Coutinho [1738-1743], lhe ter prevenido na praia uma companhia de soldados, e o seu Palanquim que não aceitou por hir com os Padres; ao mesmo tempo se deu salva de artelharia. No dia seguinte e sedo se recolheu occulto ao Convento de S. Francisco, adonde foi comprimentado de todas as Relligioens, Clero, Senado e Nobreza desta Cidade. Esteve nelle perto de três semanas primorosamente assistido, em quanto se lhe preparavão casas para residir”. (Há um período de vacatura episcopal, por evidência com esta Cronologia…, 1740, Novembro, 27). No dia 12 de Dezembro de 1742, o Bispo D. Fr. Hilário tomou posse da diocese por procuração, sendo procurador o Pe. José de Almeida, cura da Sé. A 13, o Bispo informa o Senado que no dia 17, sábado, pelas 3 horas da tarde “determina dar entrada publica, na forma costumada, deste Convento para a Se, esperando em tão benignos e atenciozos ânimos obrem o que em tal occazião com os mais bispos se pratica”. V. nesta Cronologia…, 1740, Novembro, 27; e 1742, Novembro, 5, e História Breve dos Bispos da Diocese de Macau, 1576 – 2006. Ed. do Paço Episcopal. RAEM, 2006.
Chegada do novo Bispo D. Fr. Hilário
Em 1745, Fr. José de Jesus Maria, que terá concluído neste ano a sua Azia Sinica e Japonica, dá-nos as seguintes informações: “De 1735 a 1745, Macau perdeu em naufrágios mais de 11 navios. Em 1745 a população de Macau é de 5 212 cristãos e 5 000 chinas gentios. Compare-se este numero com as 44000 almas que aqui viviam um século antes.Os portugueses do reino são apenas 90; os homens e crianças 1 911 e as mulheres 3 301, parecendo uma cidade de mulheres”. (Cfr. António Martins do Vale, Os Portugueses em Macau (1750-1800). Degredados, ignorantes e ambiciosos ou fiéis vassalos d’El – Rei?, Macau, IPOR, 1997, pp. 220,221,230 e 231).
Azia Sinica e Japonica
Personagem: | Acquistapace, Mário, 1906-2002 |
Tempo: | Após o estabelecimento da RPC em 1949 até 1999 |
Palavra-chave: | Clero |
Estudante | |
Sala de aula |
Entidade de coleção: | Companhia de Jesus em Macau |
Fornecedor de trabalho digital: | Macau Documentation and Information Society |
Autoridade: | Autorização do uso à Fundação Macau concedida por Companhia de Jesus em Macau. Em caso de precisar usar este material, deve pedir a autorização do titular do direito de autor. |
Idioma: | Chinês |
Tipo: | Imagem |
Fotografia | |
A cores | |
Formato das informações digitais: | JPG, 2849x2052, 1.15MB |
Identificador: | p0005832 |
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