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Data de atualização: 2019/09/19
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No dia 14 de Janeiro de 1876, é estabelecido um Posto Fiscal Chinês nas proximidades de Macau.
Posto Fiscal Chinês
No dia 15 de Maio de 1876, o Tenente João Severino da Silva Reis é nomeado Comandante do Posto Militar da Taipa e Coloane.
Comandante do Posto Militar da Taipa e Coloane
No dia 16 de Outubro de 1870, o Comandante Tassara prende na Taipa um “pirata” de terra, temível. Expulso dos estaleiros e portanto desempregado, o hábil larápio tinha por alcunha “O Gato”, já que de noite atacava pelo telhado das casas, disfarçando os ruídos com um miar de gato que tranquilizava os habitantes. Por certo o estratagema só deu resultado a princípio mas A Wai, que era este o nome verdadeiro do meliante, nunca mais perdeu a alcunha, mesmo passando à fase de arrombar portas. Roubava e punha-se a salvo, com um êxito que crescia ao mesmo tempo que o desespero e terror da população. Foi portanto com grande alívio de todos que se recebeu a notícia de, neste dia, ter sido preso no Forte da Taipa e açoutado com 75 varadas. Depois desta lição ainda lhe sobraram forças para arrancar os pregos das dobradiças da porta do calabouço, mas foi descoberto e algemado até ao dia seguinte, sendo então remetido preso para Macau.
Comandante Tassara prende na Taipa um “pirata” de terra
No dia 22 de Novembro de 1866, o Governador José Maria da Ponte e Horta nomeou uma comissão para redigir um parecer acerca do modo de organizar as “justiças” de Macau com respeito aos negócios chineses que em sua opinião julgasse mais “consentâneos aos bons costumes” e também melhor adequados à índole de Macau. Isto vem a propósito de ter sido desligado da Câmara Municipal o Procurador e de ser necessário rever e reformar a tão antiga Procuratura. Nesta data, o “Arquivo da Procuratura era considerado a melhor fonte para o estudo local da comunidade chinesa”. (Cfr. Sampaio, Manuel de Castro - Os Chins de Macau. Typographia de Noronha e Filhos, Hong Kong, 1867, cap. VI). Em 1866, António Marques Pereira é nomeado Procurador dos Negócios Sínicos. A nomeação régia para este cargo vem substituir a forma de provimento anterior; este era feito localmente, na pessoa de um Vereador da Câmara.
Comissão para redigir um parecer acerca do modo de organizar as “justiças” de Macau
No dia 23 de Março de 1872, Januário Corrêa de Almeida [ou J. Correia d’Almeida], Visconde de S. Januário, Capitão de Cavalaria e Bacharel de Matemática, toma posse do cargo de Governador de Macau (para que tinha já sido nomeado em 19 de Janeiro anterior). Januário Correia de Almeida governa Macau até 1874. Vinha da Índia, também como Governador-Geral. Alfândegas e Emigração de Cules continuaram na ordem do dia como preocupações fundamentais. Teve que dar resposta humanitária e sanitária após o maior tufão de sempre, a 22/23 Setembro de 1874. Fez com o Vice- Rei Ruilin um “acordo verbal de 1872” sobre o domínio marítimo de Macau. A sua preocupação com os cules foi no sentido de se tornarem verdadeiramente emigrantes livres, sem coacção nem enganos dos corretores. Publicou um Relatório sobre a matéria no Boletim da Província de 1 de Junho de 1872, anexo à Portaria n.º 33 de 23 de Maio anterior e também a Portaria n.º 34 de 28 de Maio para reunir disposições dispersas. Repetiu legislação a 25 de Janeiro de 1873, a 15 de Abril, a 12 de Julho e a 16 de Agosto do mesmo ano. A 6 de Janeiro de 1874 foi inaugurado o Hospital de S. Januário. (V. Governadores De Macau, pp. 253 a 258).
Januário Corrêa de Almeida toma posse do Governador de Macau
A Portaria n.º 25 publicada nesta data (21 de Março de 1877) contém os considerandos que levam à nomeação de uma Comissão que estude o sistema administrativo e económico em vigor nas povoações das Ilhas, introduzindo-lhe as reformas necessárias, segundo a classificação de concelho militar em que se devem basear. A comissão, presidida pelo Secretário Interino do Governo, José Maria Teixeira Guimarães, integra ainda como vogais o Major António Joaquim Garcia, o Comandante Militar da Taipa, Tenente João Severino da Silva Reis, o 1º. Intérprete Sinólogo da Procuratura, Pedro Nolasco da Silva e o 2°. Escriturário da Junta da Fazenda, Francisco de Paula Marçal.
Comissão que estude o sistema administrativo e económico em vigor nas povoações das Ilhas
No dia 17 de Janeiro de 1873, o Governador Januário de Almeida, Visconde de S.Januário, ordenou a execução da primeira fase do alargamento do aterro marginal do Porto Interior e simultânea regularização do regime da corrente do rio, numa extensão de 160 metros, desde a fortaleza da Barra até à Doca de Uong-Tch’oi; a canalização geral das ruas próximas do novo bazar e teatro china, junto da doca, que acabava de ser aterrada, denominada de Manuel Pereira, construção de um edifício destinado a quartel de uma bateria de artilharia, na Fortaleza do Monte; e a continuação da muralha e aterro marginal no Chunambeiro, próximo da Fortaleza do Bom Parto até à chácara de Maximiano António dos Remédios. (depois Hotel Bela-Vista).
Primeira fase do alargamento do aterro marginal do Porto Interior
Pela Portaria Provincial n.º 20, desta data (6 de Julho de 1872), são aprovados os Estatutos do Asilo dos Pobres. (V. nesta Cronologia…, 1872, Julho, 25). No dia 25 de Julho de 1872, é estabelecido o Regulamento do Asilo dos Pobres.
Regulamento do Asilo dos Pobres
No dia 10 de Março de 1873, foi inaugurada pelo Governador Visconde de S. Januário a nova escola de português para chineses, regida pelo Pe. Carlos José da Paz, paga pelo cofre do seminário diocesano e superintendida pelo reitor do mesmo seminário. A criação desta escola foi autorizada, pela portaria de 21 de Abril de 1868.
Nova escola de português para chineses
Tempo: | Dinastia Qing entre 1845 e 1911 |
21/11/1855 | |
Palavra-chave: | Hospital |
Macau |
Fonte: | Silva, Beatriz Basto da. Cronologia da História de Macau. Macau, Livros do Oriente, vol. II, 3.ª ed., 2015, p. 141. ISBN 978-99937-866-9-6. |
Idioma: | Português |
Identificador: | t0002195 |
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