No dia 5 de Novembro de 1852, foram nomeados Cândido António de Castro, Francisco Borja da Luz e José Joaquim Gomes para encarregados da revisão e reforma do Cadastro Geral dos prédios chineses. Nesta mesma data foi nomeado o Capitão Ricardo de Melo Sampaio, para proceder, sem perda de tempo, ao tombo dos terrenos cultivados pelos chineses e situados dentro dos limites da jurisdição do Governo de Macau. Para tanto, foi publicado um Edital, avisando que se ia proceder ao cadastro geral dos prédios chinas de Macau obrigados ao pagamento de foros e de décima predial; foram prevenidos os donos, administradores e inquilinos de que deviam dar todas as informações e esclarecimentos que lhes fossem exigidos para a exactidão das suas colectas.

No dia 25 de Agosto de 1855, em consequência das irregularidades praticadas pela tripulação da esquadra do Mandarim que estava fundeada em Macau, o Governador intimou o seu almirante a sair, dentro de 24 horas, ficando proibida a entrada às embarcações do Mandarim, salvo quando necessitassem procurar abrigo em Macau, devendo neste caso obter prévia licença do Governo.

No dia 11 de Dezembro de 1851, foi concedido o título de Barão do Cercal, pela Rainha D. Maria II, ao comerciante de Macau, Alexandrino António de Melo.

No dia 28 de Março de 1857, José Pereira, António Carneiro e João Guerreiro, marinheiros da lorcha Nossa Senhora das Dores, foram condenados por crime de pirataria praticado, em 16 de Novembro de 1856, conjuntamente com uma esquadra de piratas chineses, no rio Kau-Kong.

No dia 25 de Fevereiro de 1856, na sessão da Câmara dos Deputados, o representante macaense pelo círculo de Macau, Dr. Guilherme José Dias Pegado, pediu o envio de tropas para esta Província.

No dia 14 de Março de 1857, por Portaria Régia foi ordenado ao Governo de Macau o envio de plantas de inhame, a fim de se fazer o ensaio da sua cultura nos terrenos da Casa Pia de Lisboa.

No dia 26 de Dezembro de 1855, aclamação de D. Pedro V, no salão das Casas da Câmara, com salvas, repiques de sinos das igrejas, Te-Deum, iluminações durante três dias e queima de fogos de artifício. Em 1858 (8 de Setembro) comemorou-se igualmente a solenização do seu casamento.

No dia 12 de Setembro de 1857, extinção do Batalhão Naval e chegada de mais um contingente, na barca Adamastor, comandado pelo Major Monção.

No dia 21 de Novembro de 1855, é criado o Hospital Militar, sendo extinta a partir de 1 de Dezembro a Enfermaria Militar do Batalhão d’Artilharia, estabelecida pelo Decreto de 13 de Novembro de 1845. (Cfr. P. P. n.º 73) Os soldados, porém, só a partir de 6 Julho de 1857, passaram a ser tratados no novo Hospital Militar, no Convento de Santo Agostinho (que passou para o domínio da Fazenda) onde se podiam acomodar 68 camas e movimentar 710 soldados doentes por ano. Mas o edifício (que serviu até Janeiro de 1874) era velho, o que ditou nova construção. Cfr. esta Cronologia…, 1872, Dezembro, 1.