Chamo-me Shen Haigou. Tenho 58 anos. Comecei muito novo a ajudar no negócio dos amendoins. Tomei conta do negócio em 1977, e geri o negócio da família até agora. Já lá vão 38 ou 40 anos. Já passaram 40 anos. Comecei muito jovem. O mestre era o meu pai, claro. Havia também a minha irmã mais velha. E agora a minha filha também. Na altura a minha irmã era muito nova também. Acho que ela tinha 7 ou 8 anos. O meu pai estava a envelhecer, por isso assumi sozinho o controlo do negócio. Não queria abandonar o negócio nem a mestria. O meu pai trabalhou muito durante a vida e construiu o negócio.
As pessoas neste negócio tornaram-se sobretudo obsoletas desde que abrimos o comércio com a China continental. Muitas famílias mudaram-se. Mas para nós com pequenos negócios de família, não vale a pena sair. O custo de fabrico e o volume de negócios não são o que eram. Antes conseguíamos amendoins e fábricas de processamento em todo o lado. Agora é muito mais fácil difícil encontrar amendoins crus. Escolhemos os amendoins bons e é assim que mantemos os clientes. Foi o meu pai que me ensinou. Temos de pensar na qualidade quando os escolhemos. Neste momento, penso que os meus filhos não querem ajudar ou ficar com o negócio. Só eu, a minha esposa e a minha irmã é que trabalhamos. O que temos é o que fazemos. A próxima geração pode não continuar com o negócio. É um trabalho cansativo. Não temos férias quando toda a gente tem. Hoje pode-se ganhar dinheiro de formas diferentes. Eu consigo viver bem com o que faço, mas não tenho a mesma liberdade. Os outros fazem o que querem. Não trabalham o dia inteiro, como eu. Por vezes trabalho até muito tarde, porque tenho entregas. Sobretudo no final do ano, estou muito ocupado. Os jovens não conseguem fazer isto. Eu continuo. Tenho aquilo que faço.
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Data de atualização: 2025/02/10
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