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Data de atualização: 2020/09/04
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Data de atualização: 2020/09/04
No dia 20 de Março de 1871, portaria Régia cujo artigo 73.° manda que os professores do Seminário de Macau sejam só eclesiásticos portugueses. Segundo Luís Gonzaga Gomes em carta de 1 de Maio de 1950, publicada em O Clarim, essa Portaria não é mais do que o eco de um Memorial enviado pelo Pe. Rôndina, S.J., ao agente do Ministério Público, denunciando crimes na esfera humanitária praticados contra cules que iam de Macau para Cuba e Peru. Os crimes e os depósitos foram denunciados e, decorrido o conveniente processo, foram condenados os criminosos envolvidos e alguns indivíduos da “alta roda” que tinham interesses nesse comércio. Os jesuítas Francisco Rôndina, Tomás Gahill e José Virgili, foram, pelo exposto, a causa próxima da Portaria Régia. Solidários com os seus irmãos jesuítas, os Padres jesuítas portugueses José Joaquim da Fonseca Matos e Domingos Pereira, saíram também, ficando o ensino muito prejudicado. Por isso se fez uma representação de 300 macaenses e um telegrama do Leal Senado, protestando contra a Portaria de D. Luís I (Cfr. Ferreira, Leôncio - Um brado pela verdade ou a questão dos Professores Jesuítas em Macau e a instrução dos Macaenses, Typographia Mercantil, Macau, 1872). [Cfr. 1878 - Escola Comercial; 1893, Julho, 27 - Liceu de Macau; 1883, Setembro, 3 - Escola Central - Sexo Masculino, 1895, Julho, 9) - Escola Central - Sexo Feminino)].
Manda-se que os professores do Seminário de Macau sejam só eclesiásticos portugueses
No dia 15 de Julho de 1860, o n.º 68 do jornal Echo do Povo escreve-se: “A Câmara Municipal d’esse ano, composta de homens de ideias liberais (Manoel António de Souza, Maximiano António dos Remédios, Lourenço Pereira, Gonçalo Silveira, João Joze Vieira, Lourenço Marques e o escrivão Maximiano Feliz da Rosa), animada pelo patriotismo, procurou obstar, com quanto estava ao seu alcance, aos progressos da ignorância que avançava a passos de gigante. Com mui razoável zelo fizeram os membros d’essa camara uma subscrição, tomando por base $5.000, legadas pelo ilustre negociante Jardine Matheson, no seu regresso a Europa, e conseguiram estabelecer uma pequena escola, composta de um director que ensina o portuguez e o latim, de um professor de primeiras letras, e de um outro de lingua inglesa e franceza. Esta escola apezar do seu limitado pessoal, e vários outros defeitos na sua organisação, tem sido mui útil á juventude pobre de Macáo, e chegou a ter mais de 300 alunos. Mas o espirito de ignorância e egoísmo e de patronato, que tem prevalecido n’esta desgraçada terra, não contente de ver prosperar aquella pequena escola, excogitou meios para dar cabo d’ella. O mestre director, o Rvmo. Padre Jorge (Lopes da Silva), foi obrigado a largar a cadeira que ocupava com grande utilidade publica, porque obrigaram-n’o a acceitar o vicariato de S. Lourenço; e a direcção da escola foi confiada a outro eclesiástico. Um anno depois a camara teve de o despedir, ou por ter achado n’elle inaptidão, ou por sua summa severidade, pois que no cabo de um anno, estava deserta a aula das línguas portuguesa e latina”.
Reportagem do estabelecimento de uma escola de Macau
No dia 20 de Setembro de 1870, todos os professores estrangeiros do Seminário de S. José foram obrigados, por Decreto, a deixar o ensino.
Professores estrangeiros do Seminário de S. José
No dia 21 de Abril de 1868, foi autorizada, por Portaria Régia, a fundação duma escola de português para chineses, paga pelo cofre do Seminário Diocesano e superintendida pelo reitor do mesmo.
Autorizada fundação duma escola de português para chineses
No dia 27 de Fevereiro de 1862, foi confirmada a concessão ao Barão de Cercal de uma lotaria anual, com o capital limitado a doze mil patacas; bem como um subsídio anual de 1.000$000 reis para auxiliar a fundação dum estabelecimento de instrução primária e secundária, cujo ensino deveria ser gratuito para os pobres, cessando, porém, tal concessão logo que estivesse reorganizada a Instrução Pública em Macau. Foi inaugurada em 5 de Janeiro de 1862 a “Nova Escola Macaense”, cujos estatutos foram aprovados por P.P. de 6 de Abril do mesmo ano. As aulas funcionaram até 1867, data em que a Escola acabou. Com os fundos deste instituto e com o produto das acções subscritas fundou-se a “Associação Promotora da Instrução dos Macaenses”.
Inauguração “Nova Escola Macaense” e a oncessão de uma lotaria anual
No dia 12 de Março de 1847, J. Matheson, comerciante em Macau, deixou, ao retirar-se para a Europa, ao Governo de Macau na pessoa de Adrião Acácio da Silveira Pinto, o presente de 5.000 patacas espanholas para um fim beneficente e duradouro. O Governador entendeu aplicá-lo à educação e fez presente dele ao Senado, a quem encarregou de elaborar os Estatutos de uma escola para meninas. Na verdade e com o evoluir do projecto, o dinheiro veio a ser aplicado à Escola de Instrução Primária do mesmo Senado. (Cfr. esta Cronologia…, 1847, Junho, 16).
Comerciante J. Matheson deixou 5.000 patacas espanholas
No dia 3 de Novembro de 1858, o Governador Isidoro Guimarães, em cumprimento das Portarias Nos. 44 e 50, de 27 de Abril de 1857 e de 23 de Junho de 1958 [1858?], do Ministro da Marinha e Ultramar, determina e manda pôr em execução a reunião da Escola Principal, até aí a cargo do Leal Senado, com o Seminário Diocesano. O dinheiro a juros e lotarias continuam a ser administrados pelo Senado, para benefício da Escola, e os proventos directos desta serão entregues ao Reitor do Seminário, que deverá dar conta, anualmente, ao Governo, sobre a aplicação geral dos dinheiros ao rendimento da Escola. Se sobrar dinheiro, deverá reverter ao capital. Mas só depois de gasto o necessário com a resposta pedagógica e didáctica de que o Reitor é também responsável, criando cadeiras que possam ser úteis à mocidade de Macau, que geralmente se destina ao comércio e navegação.
Reunião da Escola Principal
No dia 15 de Março de 1864, inaugurado em Macau o Colégio Feminino da Imaculada Conceição (religiosas de S. Paulo de Chartres), fechado em 1870, reaberto em 1872 ( 24 de Novembro) e extinto em 1894.
Inaugurado em Macau o Colégio Feminino da Imaculada Conceição
No dia 10 de Março de 1873, foi inaugurada pelo Governador Visconde de S. Januário a nova escola de português para chineses, regida pelo Pe. Carlos José da Paz, paga pelo cofre do seminário diocesano e superintendida pelo reitor do mesmo seminário. A criação desta escola foi autorizada, pela portaria de 21 de Abril de 1868.
Nova escola de português para chineses
Tempo: | Após o estabelecimento da RPC em 1949 até 1999 |
Década 1980 | |
Palavra-chave: | Junco |
Escola náutica |
Fonte: | Arquivo de Macau, documento n.º MNL.17.337.F |
Tipo: | Imagem |
Fotografia | |
Preto e branco | |
Formato das informações digitais: | TIF, 1333x2000, 2.54MB |
Identificador: | p0004434 |
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