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Data de atualização: 2020/09/03
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Data de atualização: 2020/09/03
Entre 20 e 23 de Agosto de 1927, um dos mais violentos tufões que atingiu Macau veio pôr à prova o abrigo seguro que o novo Porto Exterior passou a representar. Foi um tufão forte e de longa duração. O vapor chinês Wingwoo, de 538 toneladas, carregado de suínos vivos, em gaiolas como usam os chineses, aguentou-se amarrado com os dois ferros ao porto, sem qualquer avaria. Enquanto isso, as rajadas de 190 Km/h conseguiram arrancar árvores seculares e as águas subiram 2,78 m acima da praia-mar daquele dia. O cruzador República galgou os molhes indo lutar com as vagas para defronte do Tanque do Mainato, correndo sério risco de se despedaçar de encontro às pedras ali existentes, chegando na luta com o mar a estar distanciado de terra uns cem metros.
Um dos mais violentos tufões que atingiu Macau
No dia 12 de Julho de 1883, grande tufão assolou a cidade de Macau, danificando muito o edifício que tem servido de quartel ao destacamento da Taipa.
Grande tufão assolou a cidade de Macau
No dia 5 de Setembro de 1738, violento e horrível tufão que, pelos estragos e desastres causados, devia ser o maior que Macau jamais experimentou. Muitas casas ficaram destelhadas e bastante arrasadas. A Praia Grande, o campo de S. Francisco e todo o Bazar ficaram alagados, podendose marcar a altura da inundação no frontispício da igreja de S. Domingos. Sem falar das embarcações chinesas que, em número incalculável, se desfizeram pelas praias, todos os navios que se encontravam no porto - 10 ou 12 - foram encalhar em vários pontos da Lapa e de Macau, quebrando-se alguns inteiramente, como sucedeu ao Bleque Boy, em Ponta da Rede, e ao Corsário, em Oitem (Lapa).
Violento e horrível tufão
No dia 9 de Maio de 1874, pelas 16.30 horas caiu um raio na torre dos sinos da Igreja de S. Domingos, incendiando toda a capela-mor e ficando de pé apenas as paredes. O fogo foi dominado às 22.30 horas. À trovoada, seguiu-se copiosa chuva que inundou, completamente, a parte baixa da cidade, causando grandes prejuízos e desabamentos.
Caiu um raio na torre dos sinos da Igreja de S. Domingos
Na sequência do tufão de 22/23 de Setembro de 1874, os Boletins de Macau e Timor vão, e o 1.º é o n.º 39, de 26 deste mês, fazendo eco imediato não só sobre os estragos como sobre as providências a tomar. Conservam-se firmes apenas dois edifícios, mais recentes: o Hospital Militar de S. Januário [V. nesta Cronologia…,1874, Janeiro, 6] e o Quartel dos Mouros. O Visconde de S. Januário era então Governador e dirigiu a Macau palavras de ânimo; na mesma ocasião expediu ordens aos serviços competentes para reconstruir, reforçando verbas e determinando a colaboração das forças militares e policiais, também com pré reforçado. Pediu ainda ajuda à população voluntária, por serem todos necessários. São também grandes os estragos causados na Taipa e Coloane. O relatório dos mesmos, publicado no B.O. n.º 44, conduz a providências posteriores, mencionadas em Janeiro de 1875. O poder destrutivo deste tufão impressionou o académico francês Léon Rousset, que a ele assistiu; e de tal modo que, regressado a França, apresenta na “Societé de Geographie” (1878) aquilo que presenciou sobre a força da natureza e o resultado desolador em que deixou Macau. (V. nesta Cronologia…, 1848). • Os efeitos deste infelizmente memorável tufão nas Ilhas foram descritos pelo Comandante Militar da Taipa e Coloane, Tenente José dos Santos Vaquinhas, ao Secretário do Governo, no ofício n.º 39. Diz ele aí, em resumo, que no dia 26, desde as 7.30 até às 20 horas fez queimar e enterrar os cadáveres das duas povoações. Eram cerca de 1.000 vítimas na Taipa e 400 em Coloane, embora o número inclua os náufragos de 300 embarcações perdidas. Estes números foram corrigidos nos dias seguintes com a notícia de mais baixas. As povoações ficaram completamente “abatidas”, o que não espanta, sobretudo se pensarmos no material precário de que eram feitas as barracas. Ruínas por toda a parte, mesmo no cais, na rampa de desembarque, nos muros do Quartel, reduzidos aos alicerces. Só o novo edifício mandado construir recentemente pelo Governador é que precisa apenas de pequenas reparações. O Tenente Vaquinhas louva o zelo e espírito de serviço do Sargento Tassara, do Sargento Martins e das praças do Batalhão de Infantaria em serviço no Corpo da Polícia destacado nas Ilhas.
Tufão de 22/23 de Setembro de 1874
Tempo: | Após o estabelecimento da RPC em 1949 até 1999 |
1962 | |
Palavra-chave: | Tufão |
傘 | |
Mulher |
Fotografia: | Lei Iok Tim |
Fonte: | Arquivo de Macau, documento n.º MNL.01.01.069.F |
Entidade de coleção: | Arquivo de Macau |
Fornecedor da digitalização: | Arquivo de Macau |
Tipo: | Imagem |
Fotografia | |
Preto e branco | |
Formato das informações digitais: | TIF, 2000x1386, 7.93MB |
Identificador: | p0004078 |
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