
Informações relevantes
Data de atualização: 2019/08/04
Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
Data de atualização: 2019/08/04
A concessão da produção de energia eléctrica começa formalmente em 1904, quando o Leal Senado e ocidadão francês Marius Bert assinaram o primeiro contrato para o fornecimento de energia eléctrica à cidade de Macau. Antes dessa data já havia no território um serviço de iluminação pública que utilizava o azeite e, mais tarde, o petróleo, como combustíveis. Foi em meados do século XIX que o conceito de iluminação pública foi introduzido no quotidiano da cidade. Uma das medidas nesse sentido foi a colocação de lanternas à frente do Leal Senado e do Palácio do Governo e um édito do Leal Senado de 1847 que convidava os habitantes da cidade que ainda não tivessem candeeiros na frente das suas casas a seguirem o exemplo dos que já tinham adoptado essa medida, lembrando-lhes as vantagens da iluminação pública. Pouco depois, uma portaria provincial estabeleceu e regulou a iluminação da cidade de Macau. Em 1906 foi feito o trespasse da concessão de Marius para a Société Electrique d’Extreme-Orient, com sede na Indochina e, em 1909, para o cidadão francês Charles Ricou. Este constituíu, no ano seguinte, em Hong Kong, uma sociedade por acções de nome The Macao Electric Lighting Company Ltd (MELCO), que foi a concessionária do fornecimento de energia eléctrica à cidade de Macau durante seis décadas. Apesar do seu espírito empreendedor, o relacionamento de Charles Ricou com as autoridades de Macau e com a comunidade portuguesa local foi conflituoso. Ele acabaria por deixar o território em 1922, na sequência de um incidente relacionado com a tentativa de viabilização de uma outra empresa sua, recém-criada, a primeira companhia aérea da história de Macau. Após a partida de Charles Ricou, a MELCO passou a ser dirigida pelo seu número dois, o inglês Frederick Johnson Gellion, figura bem mais consensual. Os anos que se seguiram até à Segunda Guerra Mundial foram tempos de expansão pacífica para a MELCO. Na sequência da invasão de Hong Kong pelas tropas japonesas, em Dezembro de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o Leal Senado (que era a entidade concessionária) chamou a si o abastecimento de energia eléctrica. No final da guerra, a concessão voltou para a MELCO. No dia 31 de Julho de 1966, expirava o contrato de concessão do exclusivo de fornecimento de energia eléctrica à cidade de Macau. Esse prazo resultava de um contrato de prorrogação, assinado em 1932, que prolongava por mais 30 anos aconcessão inicialmente feita a Marius Bert e depois transferida para Charles Ricou. Atendendo à progressiva degradação dos serviços prestados pela concessionária e ao mau relacinamento entre esta e o Leal Senado, foi lançado um concurso internacional. Mas a única empresa a apresentar-se foi a própria MELCO, que continuou a ser aconcessionária. Mas o ambiente de crise no sector manteve-se, agravado pelas consequências económicas dos incidentes do “1, 2, 3” (em Dezembro de 1969), pelo que foi decidido – na sequência de um relatório do Ministério do Ultramar – constituir uma nova empresa concessionária. Assim, uma nova empresa, a Companhia de Electricidade de Macau (CEM), foi criada em 1972 e a nova concessão passou a incluir o abastecimento das ilhas da Taipa e Coloane. Contudo, a criação da CEM não foi suficiente para resolver os problemas existentes e, em 1979, o governador Melo Egídio determinou que a exploração do serviço público de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica, ou torgada à CEM, passasse a ser assegurada directamente pelo Governo. Em 1983, o governador Almeida e Costa transformou a CEM numa empresa de capitais mistos e pôs termo à intervenção do Governo na concessionária. No ano seguinte, pela primeira vez na história da empresa, a CEM apresentou lucros no final do exercício e os resultados do exercício de1987 permitiram o pagamento de dividendos, o que atraíu novos accionistas. Durante a década de1990, a empresa registou uma elevada taxa de crescimento, tendo a capacidade instalada e a procura de energia aumentado, respectivamente, 92%e 122%. Em finais da mesma década, a estrutura accionista da empresa incluía: o grupo Sino-Francês, com 45 por cento, composto pela Suez-Lyonnaise des Eaux, o grupo New World, de Hong Kong, e King Class, de Stanley Ho; o grupo Sino-Português, também com 45 por cento, constituído pela EDP, a IP Holding, do empresário português Ilídio Pinho, a Polytec, do empresário local Johnny OrWai Sheun eo Banco Nacional Ultramarino; o Governo de Macau, com 7,7 por cento; e um grupo de 800 pequenos accionistas locais, com os restantes 2,3 por cento. Em 1998, o volume de vendas anual foi superior a 1700 milhões de patacas e os lucros foram de 385 milhões de patacas, o que fazia da CEM uma das mais rentáveis empresas de Macau, com capitais próprios elevando-se a 2400 milhões de patacas. O actual contrato de concessão manter-se-á em vigor até 1 de Dezembro de 2010. [L.O.] Bibliografia: FARIA, Daniela Carvalho; GRILO, Eduardo; ORTET, Luís, Luzes de Macau, (Macau, 2000).
ELECTRICIDADE
No dia 31 de Julho de 1919, a Comissão Administrativa do Município de Macau propõe para que o Governo ou o Município nacionalize ou exproprie, por utilidade pública, a companhia concessionária da electricidade. (Arquivo Histórico de Macau – F.A.C., P. n.° 206 – S-E).
Companhia concessionária da electricidade
Pelo edital de 21 de Julho de 1913, faz saber que sendo a água dos poços, na estação presente, a causa do aparecimento de diversas doenças do aparelho digestivo, se recomenda aos habitantes que não devem beber água senão a das fontes da Solidão e da Inveja, devendo, antes de se fazer uso dela, ser fervida e, se for possível, filtrada. Recomenda-se mais que devem evitar todas as hortaliças e verduras que não seja bem cosidas e as frutas que não sejam bem sasonadas.
Edital de recomenda de beber água de fontes
No dia 19 de Julho de 1936, inauguração da estação fluvial, no norte da Ilha Verde, e do reservatório, no Porto Exterior, sendo Presidente do Leal Senado o 2.° Comandante Albano de Oliveira, que foi incansável na solução do problema de abastecimento de água, vindo mais tarde a ser Governador da Província.
Inauguração da estação fluvial e do reservatório
Tempo: | Época da República entre 1911 e 1949 |
1925-1941 | |
Palavra-chave: | Lenha |
Subproduto não-madeireiro | |
Combustível |
Fotografia: | Catela, José Neves |
Fonte: | José Neves Catela, Macau Memórias Reveladas, Museu de Arte de Macau, 2001, p.202. ISBN 99937-29-26-4 |
Proprietário actual: | Fundação Macau |
Local de depósito: | Museu de Arte de Macau |
Fornecedor da digitalização: | Fundação Macau |
Idioma: | Chinês |
Inglês | |
Português | |
Tipo: | Fotografia |
Preto e branco | |
Formato das informações digitais: | TIF, 4211x2962, 35.69MB |
Identificador: | p0000237 |
Instruções de uso
Já tem a conta da "Memória de Macau"? Login
Comentários
Comentários (0 participação(ões), 0 comentário(s)): agradecemos que partilhasse os seus materiais e histórias (dentro de 150 palavras).