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Data de atualização: 2019/08/04
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Data de atualização: 2019/08/04
No dia 16 de Dezembro de 1880, é aprovada a postura sobre os depósitos de petróleo submetida pelo leado senado da Câmara. Nos termos desta Postura, os depósitos de petróleo só poderão estabelecer-se no bairro da Barra, para além do pagode ou na estrada que vai de Santo António à Porta do Cerco, Em nenhuma loja ou casa situada dentro da cidade de Macau será permitido guardar mais do que duas latas ou uma caixa de petróleo. Fa-se-ão estas depósitos em casas construídas em condições apropriadas e em sítio aprovado pelo governo.
Postura sobre os depósitos de petróleo
Pelo edital de 21 de Julho de 1913, faz saber que sendo a água dos poços, na estação presente, a causa do aparecimento de diversas doenças do aparelho digestivo, se recomenda aos habitantes que não devem beber água senão a das fontes da Solidão e da Inveja, devendo, antes de se fazer uso dela, ser fervida e, se for possível, filtrada. Recomenda-se mais que devem evitar todas as hortaliças e verduras que não seja bem cosidas e as frutas que não sejam bem sasonadas.
Edital de recomenda de beber água de fontes
No dia 19 de Julho de 1936, inauguração da estação fluvial, no norte da Ilha Verde, e do reservatório, no Porto Exterior, sendo Presidente do Leal Senado o 2.° Comandante Albano de Oliveira, que foi incansável na solução do problema de abastecimento de água, vindo mais tarde a ser Governador da Província.
Inauguração da estação fluvial e do reservatório
No dia 30 de Julho de 1912, termina o prazo de entrega das propostas para fornecimento e instalação de máquinas elevatórias de água, e canalização desde a praia da Vila Leitão aos reservatórios da Guia. A água era salgada e servia para rega das estradas e combate a incêndios. Foi a primeira rede de águas de Macau. (Cfr. Cação, Armando A. A. - Unidades Militares de Macau - IOM, Macau, 1959).
Máquinas elevatórias de água
No dia 11 de Junho de 1882, os benefícios operados nas povoações das Ilhas passam pela iluminação que tem sido arrematada em hasta pública desde 1879, havendo até à presente data 154 candeeiros nos edifícios do governo, sendo 19 a petróleo e 17 a azeite. O contrato de arrematação finda a 30 de Junho, seguindo-se-lhe, nessa área, a responsabilidade directa do Governo.
Benefícios operados nas povoações das Ilhas passam pela iluminação
A concessão da produção de energia eléctrica começa formalmente em 1904, quando o Leal Senado e ocidadão francês Marius Bert assinaram o primeiro contrato para o fornecimento de energia eléctrica à cidade de Macau. Antes dessa data já havia no território um serviço de iluminação pública que utilizava o azeite e, mais tarde, o petróleo, como combustíveis. Foi em meados do século XIX que o conceito de iluminação pública foi introduzido no quotidiano da cidade. Uma das medidas nesse sentido foi a colocação de lanternas à frente do Leal Senado e do Palácio do Governo e um édito do Leal Senado de 1847 que convidava os habitantes da cidade que ainda não tivessem candeeiros na frente das suas casas a seguirem o exemplo dos que já tinham adoptado essa medida, lembrando-lhes as vantagens da iluminação pública. Pouco depois, uma portaria provincial estabeleceu e regulou a iluminação da cidade de Macau. Em 1906 foi feito o trespasse da concessão de Marius para a Société Electrique d’Extreme-Orient, com sede na Indochina e, em 1909, para o cidadão francês Charles Ricou. Este constituíu, no ano seguinte, em Hong Kong, uma sociedade por acções de nome The Macao Electric Lighting Company Ltd (MELCO), que foi a concessionária do fornecimento de energia eléctrica à cidade de Macau durante seis décadas. Apesar do seu espírito empreendedor, o relacionamento de Charles Ricou com as autoridades de Macau e com a comunidade portuguesa local foi conflituoso. Ele acabaria por deixar o território em 1922, na sequência de um incidente relacionado com a tentativa de viabilização de uma outra empresa sua, recém-criada, a primeira companhia aérea da história de Macau. Após a partida de Charles Ricou, a MELCO passou a ser dirigida pelo seu número dois, o inglês Frederick Johnson Gellion, figura bem mais consensual. Os anos que se seguiram até à Segunda Guerra Mundial foram tempos de expansão pacífica para a MELCO. Na sequência da invasão de Hong Kong pelas tropas japonesas, em Dezembro de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o Leal Senado (que era a entidade concessionária) chamou a si o abastecimento de energia eléctrica. No final da guerra, a concessão voltou para a MELCO. No dia 31 de Julho de 1966, expirava o contrato de concessão do exclusivo de fornecimento de energia eléctrica à cidade de Macau. Esse prazo resultava de um contrato de prorrogação, assinado em 1932, que prolongava por mais 30 anos aconcessão inicialmente feita a Marius Bert e depois transferida para Charles Ricou. Atendendo à progressiva degradação dos serviços prestados pela concessionária e ao mau relacinamento entre esta e o Leal Senado, foi lançado um concurso internacional. Mas a única empresa a apresentar-se foi a própria MELCO, que continuou a ser aconcessionária. Mas o ambiente de crise no sector manteve-se, agravado pelas consequências económicas dos incidentes do “1, 2, 3” (em Dezembro de 1969), pelo que foi decidido – na sequência de um relatório do Ministério do Ultramar – constituir uma nova empresa concessionária. Assim, uma nova empresa, a Companhia de Electricidade de Macau (CEM), foi criada em 1972 e a nova concessão passou a incluir o abastecimento das ilhas da Taipa e Coloane. Contudo, a criação da CEM não foi suficiente para resolver os problemas existentes e, em 1979, o governador Melo Egídio determinou que a exploração do serviço público de produção, transporte e distribuição de energia eléctrica, ou torgada à CEM, passasse a ser assegurada directamente pelo Governo. Em 1983, o governador Almeida e Costa transformou a CEM numa empresa de capitais mistos e pôs termo à intervenção do Governo na concessionária. No ano seguinte, pela primeira vez na história da empresa, a CEM apresentou lucros no final do exercício e os resultados do exercício de1987 permitiram o pagamento de dividendos, o que atraíu novos accionistas. Durante a década de1990, a empresa registou uma elevada taxa de crescimento, tendo a capacidade instalada e a procura de energia aumentado, respectivamente, 92%e 122%. Em finais da mesma década, a estrutura accionista da empresa incluía: o grupo Sino-Francês, com 45 por cento, composto pela Suez-Lyonnaise des Eaux, o grupo New World, de Hong Kong, e King Class, de Stanley Ho; o grupo Sino-Português, também com 45 por cento, constituído pela EDP, a IP Holding, do empresário português Ilídio Pinho, a Polytec, do empresário local Johnny OrWai Sheun eo Banco Nacional Ultramarino; o Governo de Macau, com 7,7 por cento; e um grupo de 800 pequenos accionistas locais, com os restantes 2,3 por cento. Em 1998, o volume de vendas anual foi superior a 1700 milhões de patacas e os lucros foram de 385 milhões de patacas, o que fazia da CEM uma das mais rentáveis empresas de Macau, com capitais próprios elevando-se a 2400 milhões de patacas. O actual contrato de concessão manter-se-á em vigor até 1 de Dezembro de 2010. [L.O.] Bibliografia: FARIA, Daniela Carvalho; GRILO, Eduardo; ORTET, Luís, Luzes de Macau, (Macau, 2000).
ELECTRICIDADE
Tempo: | Época da República entre 1911 e 1949 |
1925-1941 | |
Palavra-chave: | Lenha |
Subproduto não-madeireiro | |
Combustível |
Fotografia: | Catela, José Neves |
Fonte: | José Neves Catela, Macau Memórias Reveladas, Museu de Arte de Macau, 2001, p.202. ISBN 99937-29-26-4 |
Proprietário actual: | Fundação Macau |
Local de depósito: | Museu de Arte de Macau |
Fornecedor da digitalização: | Fundação Macau |
Idioma: | Chinês |
Inglês | |
Português | |
Tipo: | Fotografia |
Preto e branco | |
Formato das informações digitais: | TIF, 4211x2962, 35.69MB |
Identificador: | p0000237 |
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