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Data de atualização: 2019/09/19
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No dia 15 de Fevereiro de 1861, o Barão do Cercal propôs, em circular, a criação duma escola de ensino de línguas, principalmente a portuguesa e inglesa, para o sexo masculino, intitulada Nova Escola Macaense, por existir grande carência de meios de instrução, como então se verificava na Colónia, sendo os estatutos desta Escola aprovados, em 6 de Abril deste ano.
Proposta de criação da Nova Escola Macaense
Em 1845, o Seminário de Macau foi suspenso e os alunos foram distribuídos pelos diferentes vicariatos da Congregação da Missão de S. Vicente de Paulo, ou Lazaristas, na China: em Siwantze, para Pequim e a Mongólia; em Sankian, para o Kangsie e o Tchekiang. (Cfr. Mons. Teixeira, Macau e a sua Diocese, vol. III, p. 740).
Seminário de Macau foi suspenso
No dia 20 de Março de 1871, portaria Régia cujo artigo 73.° manda que os professores do Seminário de Macau sejam só eclesiásticos portugueses. Segundo Luís Gonzaga Gomes em carta de 1 de Maio de 1950, publicada em O Clarim, essa Portaria não é mais do que o eco de um Memorial enviado pelo Pe. Rôndina, S.J., ao agente do Ministério Público, denunciando crimes na esfera humanitária praticados contra cules que iam de Macau para Cuba e Peru. Os crimes e os depósitos foram denunciados e, decorrido o conveniente processo, foram condenados os criminosos envolvidos e alguns indivíduos da “alta roda” que tinham interesses nesse comércio. Os jesuítas Francisco Rôndina, Tomás Gahill e José Virgili, foram, pelo exposto, a causa próxima da Portaria Régia. Solidários com os seus irmãos jesuítas, os Padres jesuítas portugueses José Joaquim da Fonseca Matos e Domingos Pereira, saíram também, ficando o ensino muito prejudicado. Por isso se fez uma representação de 300 macaenses e um telegrama do Leal Senado, protestando contra a Portaria de D. Luís I (Cfr. Ferreira, Leôncio - Um brado pela verdade ou a questão dos Professores Jesuítas em Macau e a instrução dos Macaenses, Typographia Mercantil, Macau, 1872). [Cfr. 1878 - Escola Comercial; 1893, Julho, 27 - Liceu de Macau; 1883, Setembro, 3 - Escola Central - Sexo Masculino, 1895, Julho, 9) - Escola Central - Sexo Feminino)].
Manda-se que os professores do Seminário de Macau sejam só eclesiásticos portugueses
No dia 21 de Abril de 1868, foi autorizada, por Portaria Régia, a fundação duma escola de português para chineses, paga pelo cofre do Seminário Diocesano e superintendida pelo reitor do mesmo.
Autorizada fundação duma escola de português para chineses
No dia 20 de Março de 1847, o Senado dirige-se ao Pe. Leite, porque não dispõe de local apropriado para albergar em Macau um Estudo Público, solicitando-lhe que disponibilize no Colégio de S. José “alguns lugares acomodados” para esse efeito, onde se ensinam primeiras letras, contas, doutrina cristã, gramática portuguesa, aritmética, álgebra e geometria, geografia, história geral, e particular de Portugal. Mas o Pe. Leite escusa-se, porque o Seminário se destina a fins que exigem retiro e ainda por ter falta de espaço disponível. Tendo-lhe sido feito convite para Inspector da dita escola, quando existisse, aceitou, em termos pessoais.
Senado dirige-se ao Pe. Leite falando do Colégio de S. José
No dia 15 de Julho de 1860, o n.º 68 do jornal Echo do Povo escreve-se: “A Câmara Municipal d’esse ano, composta de homens de ideias liberais (Manoel António de Souza, Maximiano António dos Remédios, Lourenço Pereira, Gonçalo Silveira, João Joze Vieira, Lourenço Marques e o escrivão Maximiano Feliz da Rosa), animada pelo patriotismo, procurou obstar, com quanto estava ao seu alcance, aos progressos da ignorância que avançava a passos de gigante. Com mui razoável zelo fizeram os membros d’essa camara uma subscrição, tomando por base $5.000, legadas pelo ilustre negociante Jardine Matheson, no seu regresso a Europa, e conseguiram estabelecer uma pequena escola, composta de um director que ensina o portuguez e o latim, de um professor de primeiras letras, e de um outro de lingua inglesa e franceza. Esta escola apezar do seu limitado pessoal, e vários outros defeitos na sua organisação, tem sido mui útil á juventude pobre de Macáo, e chegou a ter mais de 300 alunos. Mas o espirito de ignorância e egoísmo e de patronato, que tem prevalecido n’esta desgraçada terra, não contente de ver prosperar aquella pequena escola, excogitou meios para dar cabo d’ella. O mestre director, o Rvmo. Padre Jorge (Lopes da Silva), foi obrigado a largar a cadeira que ocupava com grande utilidade publica, porque obrigaram-n’o a acceitar o vicariato de S. Lourenço; e a direcção da escola foi confiada a outro eclesiástico. Um anno depois a camara teve de o despedir, ou por ter achado n’elle inaptidão, ou por sua summa severidade, pois que no cabo de um anno, estava deserta a aula das línguas portuguesa e latina”.
Reportagem do estabelecimento de uma escola de Macau
No dia 22 de Fevereiro de 1847, o Pe. José Victor Dias de Lima foi nomeado com Alexandrino António de Mello, Vicente de Paula Salatwichi Pitter e João Joaquim dos Remédios para formar uma Comissão encarregada de promover uma subscrição voluntária para levar a efeito um plano de educação que o Senado sozinho, por falta de meios, não podia realizar.
Plano de educação
No dia 15 de Março de 1864, inaugurado em Macau o Colégio Feminino da Imaculada Conceição (religiosas de S. Paulo de Chartres), fechado em 1870, reaberto em 1872 ( 24 de Novembro) e extinto em 1894.
Inaugurado em Macau o Colégio Feminino da Imaculada Conceição
No dia 3 de Novembro de 1858, o Governador Isidoro Guimarães, em cumprimento das Portarias Nos. 44 e 50, de 27 de Abril de 1857 e de 23 de Junho de 1958 [1858?], do Ministro da Marinha e Ultramar, determina e manda pôr em execução a reunião da Escola Principal, até aí a cargo do Leal Senado, com o Seminário Diocesano. O dinheiro a juros e lotarias continuam a ser administrados pelo Senado, para benefício da Escola, e os proventos directos desta serão entregues ao Reitor do Seminário, que deverá dar conta, anualmente, ao Governo, sobre a aplicação geral dos dinheiros ao rendimento da Escola. Se sobrar dinheiro, deverá reverter ao capital. Mas só depois de gasto o necessário com a resposta pedagógica e didáctica de que o Reitor é também responsável, criando cadeiras que possam ser úteis à mocidade de Macau, que geralmente se destina ao comércio e navegação.
Reunião da Escola Principal
Fonte: | Silva, Beatriz Basto da. Cronologia da História de Macau. Macau, Livros do Oriente, vol. II, 3.ª ed., 2015, p. 244. ISBN 978-99937-866-9-6. |
Idioma: | Português |
Identificador: | t0006375 |
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