
Informações relevantes
Data de atualização: 2020/09/04
Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
No oitavo dia da quarta lua do calendário lunar, os comerciantes de peixe de Macau organizam uma festa de feições insólitas, conhecida por“festividade do dragão embriagado”. A data corresponde ao mês de Maio docalendário gregoriano, pelo que a original celebração coincide com as chuvadas torrenciais da Primavera, que lendas chinesas interpretam como odespertar do dragão marinho e a sua saída das profundezas dos oceanos. Os festejos, a cargo das “lanes” de peixe, restringem-se à comunidade chinesa ligada ao comércio do pescado, motivo porque as respectivas bancas ficam fechadas nos mercados durante três dias. Conta a lenda que os habitantes de uma cidade assolada por terrível e pidemia decidiram sacrificar um dragão (também se diz serpente, que se chama “dragão menor”no sul da China) marinho, cortando-o em três partes.Todos os que beberam água do mar misturada com sangue do dragão ficaram curados. O corpo do dragão desapareceu nas águas revoltas, mas foi ainda possível recuperar a cabeça e acauda. Para celebrar o milagroso evento, as gentes do mar organizam anualmente um cortejo composto só por homens que, em dança ritual e consumindo quantidades exageradas de vinho de arroz, empunham simulacros de cabeças e caudas de dragão, fabricadas de madeira, agitando-as sem cessar, numa busca ébria do corpo desaparecido. As bebidas alcoólicas simbolizarão as águas do mar onde o dragão foi sacrificado, que livraram a cidade da devastadora epidemia. Cecília Jorge relata outra versãodalenda: “Um dia um homem caiu ao rio onde vivia uma enorme serpente, horror das povoações ribeirinhas. Os conterrâneos, acorrendo em massa, retiraram-no da água, salvando-lhe a vida. Para o reanimar e evitar que apanhasse frio, encheram-no de aguardente, levando-o a um estado de embriaguez tal que ele, esquecendo todo o pavor que a sobriedade lhe daria, num gesto estóico desafiou e matou a serpente e cortou-a aos bocados, para que esta nunca mais ameaçasse a povoação” (numa das várias versões desta lenda, a personagem que enfrentou e esquartejou a serpente, ou o dragão, foi o próprio Buda). De acordo com a versão relatada pela autora macaense, os homens do mar ligados às lotas do peixe fresco, ao celebrarem esta festividade, pretenderão assinalar o feito heróico do seu antepassado. A mesma autora refere ainda que esta festa “parece não ser celebrada em mais nenhum local senão em Macau, ancoradouro último das tradições desta velha região de Heong San (Xiangshan香山), a “Montanha Perfumada”. Num espectáculo deveras insólito, algumas centenas de pessoas, normalmente sóbrias er ecatadas, dançam e embriagam-se ao som de tambores. O cortejo inicia-se com oferendas e preces, no pequeno e antigo templo de Kuan Tai (Guandi 關帝) (ou Kuan Kung [Guangong 關公]), o Deus Guerreiro, junto ao mercado de S. Domingos. Queimam-se pivetes de incenso, tão do agrado dos deuses, “batem-se as cabeças” e fazem-se invocações. O desfile segue entre panchões para uma volta ao Porto Interior. Os maus espíritos são vigorosamente atacados por peixeiros que esgrimem armas de Kung Fu (Gongfu 功夫). Detêm-se nalguns locais, junto aos mercados e lotas, para executar exorcismos. O significado purificador dos gestos parece confirmado pelas “folhas de pomelo, presentes em todo o ritual”. Ao longo da estranha procissão, que dura horas, a organização distribui pela assistência arroz cozido com vegetais,alimento que não é encarado pelos presentes como mera “sopa dos pobres”, assumindo antes um valor sacralizante. As pessoas acorrem com malgas e marmitas, sendo muitas as quetrans portam consigo para casa, para repartir com os seus familiares, aquela ração purificadora, garantia de sorte, de prosperidade nos negócios e de longevidade.Terminado o cortejo, as cabeças e as caudas de dragão que foram em punhadas para simular a luta assustadora do homem contra os monstros, são cuidadosamente guardadas, ainda que por pouco tempo. No mês seguinte, as mesmas cabeças e caudas, e outras idênticas, voltarão a surgir, mas então colocadas na proa e na popa dos barcos-dragão. Com esta festividade, os homens ligados aos negócios da pesca recriam um acto heróico. Simulam a luta terrível de um homem com uma serpente/ dragão. Mais do que uma orgia, a dança do dragão embriagado será uma luta do homem contra o mito. [A.J.G.A.] Bibliografia: BREDON, Juliet & MITROPHANOW, Igor, The Moon Year, (Hong Kong. 1982); CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain, Dicionário dos Símbolos, (Lisboa. 1982); CHRISTIE, Anthony, Chinese Mythology, (Hong Kong. 1983); COULING, Samuel, The Encyclopaedia Sinica, (Hong Kong. 1983); EBERHARD, Wolfram, A Dictionary of Chinese Symbols, (New York. 1998); JORGE, Cecília, Embriagar o Dragão, in Revista Macau, II série, (Macau, Maio de 1992), p. 5; JORGE, Cecília, Dragão, Dragão, in Revista Macau, II série, n.° 13, (Macau, 1993), pp. 22-31; ROCHA, Rui. O Início do Milénio sob o Signo do Dragão, in Revista Macau, II série, n.° 92, (Macau, 1999), pp. 274-283; WERNER, E.T.C, Myths and Legends of China, (New York. 1994); WILLIAMS, C.A.S, Outlinesof Chinese Symbolism& Art Motives, (NewYork. 1976).
FESTIVIDADE DO DRAGÃO EMBRIAGADO
Em Macau, o povo chinês local foi sempre conservador das suas tradições e a sua vida prende-se a uma série de narrativas mitológicas. É excessiva a sua devoção a estátuas e relíquias, é enorme a multiplicação dos deuses, bem como a observância de muitas superstições do Taoísmo. Esta incógnitado “Além” leva-o a implorar, através de actos simbólicos, às suas diferentes divindades, depondo toda a sua fé e executando diversos rituais, muitos deles de carácter corporal e recreativo, terminando com a queima de panchões para afugentar todas as manifestações dos espíritos malignos que lhe torturam a vida e lhe acarretam a desgraça. Crespo (1987) refere que actividades recreativas como o canto, a dança, os jogos, a luta, etc., fazem parte desta rede mítica, porque o homem ao vivê-la dá à sua existência e ao próprio universo uma justificação particular, desempenhando desta forma um papel destacado a nível das representações da vida e do mundo. É o mito em acção, justificando os ritos e as cerimónias destas celebrações. Algumas delas são bem conhecidas e universalmente celebradas por toda a China, tais como a do “Sân Nin (Xinnian 新年)”, do “Tchoi-Long (Zuilong 醉龍)”, do “Long-Chau (Longzhou 龍舟)” ou ainda do“Tang Tchit (Dengjie 燈節)”; outras, têm carácter regional e específico da gente do mar, como as celebrações dedicadas às divindades “Néong Má (Niangma 娘媽)”, patrona dos mareantes, “Tou Tei (Tudi土地)”, o Espíritodo Solo, guardião celeste das localidades e “Kuan Tai (Guandi 關帝)” o deus da guerra, patrono da literatura e dos comerciantes (Amaro, 1983), sendo pouco conhecidas em outros meios. Estas celebrações são actos repletos de movimento, cor, ruído e fumo. Há “danças do leão” (“mou si” [wushi 舞獅]), “danças do dragão” (“mou lông” [wulong舞龍]), representações de ópera chinesa, cortejos e laboriosos trabalhos de artesanato, à base do recorte do papel – compondo figuras divinas, demoníacas ou barcos de papel –, destinados a serem queimados “[…]pois o pescador de Macau regula as suas actividades em harmonia com o mundo invisível omnipresente, povoado pelas forças dos espíritos – uns benéficos “San (Shen 神)”, outros nefastos“Kwai (Gui 鬼)” – pelos poderes dos antepassados “Chou Sin (Zuxian祖先 )”e pela influência da geomância “Fong Soi (Feng Shui 風水)”, numa reactualização periódica”, qual reintegração no tempo original esagrado, na procura do reencontro com o “illud tempus” mítico que Eliade tantas vezes aludiu. De entre as festividades mais populares em Macau, iniciemos com o“Sân Nin (Xinnian 新年)” (Ano Novo Chinês), um dos festivais mais importante do ano, com o porto abarrotado com centenas de barcos de pesca, encostados uns aos outros em filas cerradas. As embarcações e seus altares são decorados com papéis vermelhos (cor de muito bom augúrio, pois traz a felicidade e a alegria), sob o olhar atento do deus “Tai Si Wong” que, de expressão temível para manter a ordem entre espíritos à solta, tudo regista para mais tarde, quando queimado no fim das festividades, partir em fumo para o céu, onde tudo contará ao Imperador de Jade, Iôk Wong (Yuhuang 玉皇) (Peixoto & Oleiro, 1992). No último dia da décima-segunda Lua do Calendário Chinês começa esta celebração, centrada na reunião da família. É tempo também de rever amigos, trocar novidades, arranjar casamentos, conviver e divertir. Mas, primeiro há que apaziguar os deuses e venerar os antepassados. Os templos de Ma-Koc (Mage Miao 媽閣廟), Kun-Iam (Guanyin Tang 觀音堂) e Lin-Fong (Lianfeng Miao 蓮峰廟) enchem-se decrentes, gentes sem distinções, pessoas de todos os quadrantes sociais, que ao som do “Kung Hei Fat Choi (Gongxi Facai 恭喜發財)” (Feliz Ano Novo), tentam colocar os seus pivetes no altar. Cá fora, os mais novos, munidos dos seus brinquedos, à base de “ventoinhas de papel”, são incitados a longas correrias, esperando que, desta forma, a família alcance a boa sorte que acrença associa à rotação da ventoinha. É uma festa de acção degraças, aos favores da mãe Natureza (Gomes,1979). Após a refeição da união, é hora de ir à terra apreciar a feira das flores ou ficar a jogar ao “t’âu-pôu (toubao 骰寶)”, conhecido pelos portugueses como o clu-clu. Depois, assistir ao fogo de artifício, lançar panchões, (qual sacudidela aos azares e mau agoiro que venha prejudicar o ano que começa) e extasiar-se com a sempre esperada “dança do dragão” são quase uma obrigação. Assistir a esta dança, é manter o seu quê de enigmático que deixa os presentes estupefactos e lhes renova o entusiasmo, na variada evolução coreográfica do monstruoso ser lutando pela conquistado satélite terrestre que lhe foge na frente e escapa aos golpes que são desferidos, até se deixar abater pela fadiga de intensa e inglória refrega. Aí, envolvido no ritmo lento ou rápido, nervoso ou calmo do“ku (Gu 鼓)” (tambor) e apreciando a coordenação e resistência de dezenas de acrobatas que transportam o dragão, sente desabar sobre o seu espírito a riqueza de uma tradição que é forçoso perpetuar porque testemunhaumaherança cultural de muitas gerações. Trata-se, pois, de uma dança de profundo simbolismo, com origem num ritual de súplica às divindades para melhor orientação das forças da Natureza. É que o dragão, ao contrário do mundo ocidental, é dos símbolos mais lendários e significativos das tradições chinesas, encarnando a força, a benevolência e a fecundidade. Outro dos rituais também sempre presente é a “dança do leão”, bailado sagrado e profundo, no seu significado simbólico, e pleno de técnica e arte, no seu conjunto plástico, executado“[…]com meticulosa atenção aos pormenores, com o fim de assegurar a eficiência do rito”. Dançado há mais de dois mil anos como poderoso afugentador de maus espíritos fomentadores de calamidades, é também realizado em homenagem às divindades em festa. Presentemente, no seu o caso, o sagrado tornou-se quase profano e diluiu-se no acto social que é o espectáculo folclórico, mas no qual a máscara, oritmo marcante, a simetria do movimento, a habilidade e precisão do par dançarino nos obstáculos (vasos, réguas de bambu, plataformas) ainda fazem os espectadores entrar no âmago do mito e usufruir sentimentos de emoçãoe êxtase com as evoluções e o significado que delas se desprende, sobressaindo a estridência do “tong ló” (tongluo 銅鑼) (tam-tam), dos “tong put” (tongbo 銅鈸) (pratos grandes), do “kengló” (jingluo 京鑼) e dos “keng ku” (jinggu 京鼓) (pratos mais pequenos de timbre diferente). Acresce referir que, nas suas evoluções, os dançarinos-ginastas procuram não só imitar as contracções físicas de um leão, perante uma presa cobiçada, mas também traduzir os seus diversos estados e motivos. “Cada movimento tem ritmo e harmonia e cada evolução tem o seu significado, que, embora estando de acordo com o respectivo movimento, o ultrapassa. É nesta medida que a relação simbólica que exprime a dança do leão, é, também, uma relação subjectiva”. O fim da celebração do Ano Novo Chinês é assinalado com a festividade do Tâng Tchit (Dengjie燈節) (festa das lanternas). Novos e velhos passeiam pela cidade e pelas praias com lindas lanternas [“tâng long (Denglong 燈籠)”] iluminadas no interior, criando um efeito visual único. Este passeio está associado à ânsia de atrair para si a prosperidade e longevidade. A festividade do “tchoi – long (zuilong 醉龍)” (dragão embriagado), é organizada pelos comerciantes de peixe. No oitavo dia do quarto mês lunar, um cortejo só de homens, ligados à apanha e comércio do pescado, desfila pela zonas ribeirinhas de Macau e Coloane, em punhando cabeças e caudas de dragão, e, numa dança frenética, vão consumindo vinho de arroz. Esta dança ébria é dramática, colorida, intensa, e assustadora: rebentam panchões, furam-se tambores e os maus espíritos são atacados vigorosamente por homens que esgrimem armas de “Kung Fu (Gongfu 功夫)”. Por entre uma névoa de fumo e de água pulverizada, pois o dragão é marinho, são agitadas, em dança ritual, as cabeças e as caudas empunhadas pelos participantes, em busca do corpo desaparecido, que em momento de crise havia sido imolado para que o sangue misturado com a água do rio salvasse a população ribeirinha assolada por terrível doença. As grandes quantidades de vinho de arroz consumidas evocam a água do rio, temperada com o sangue do dragão sacrificado. Nesta dança, o homem transcende-se e entra no irreal, sente-se realizado e embriagado pelo mundo mágico, razão pela qual o desempenho corporal é cada vez mais intenso e multiforme na procura de maior êxtase, pois assim mais perto se estará do inatingível. A festividade do “long-chau (Longzhou 龍舟)” (barco-dragão), celebrada no quinto dia do quinto mês lunar, cumpre uma tradição secular que remonta a uma das épocas mais conturbadas da China, o Período dos Estados Guerreiros (480-221 A. C.). Na China, o dragão era já adorado há mais de quatro mil anos pelos povos “Yue 粵”e “Chu 楚”. Estes, nas suas actividades piscatórias ou agrícolas, quando as solados pelas tempestades provocadas pela mãe Natureza, apelavam a esta divindade. Sendo o barco um precioso instrumento de trabalho e de lazer, em muitas regiões de rios e lagos do Sul da China não será de estranhar a conotação das regatas à divindade protectora. Segundo uma lenda, o povo “Chu 楚” organiza corridas de barco-dragão a fim de glorificar um grande patriota, o poeta “Quyuan 屈原” (século III A.C.), que, desgostoso e impotente perante a decadência e a corrupção que afectavam o reino, se atirou ao lago “Dongting” 洞庭湖. Os populares, que o estimavam muito, acorreram aos barcos, remando vigorosamente para tentar resgatar o seu corpo enquanto atiravam bolos de arroz à água para desviar os demónios. Em Macau, as regatas de barcos-dragão, iniciadas na transição do século XIX para XX, faziam-se dentro do verdadeiro espírito da lenda. Remados por 20 homens, os barcos, longos e chatos, de cores vistosas, com bandeiras e estandartes, tendo na proa a cabeça de um dragão e na popa a cauda, e, com a cadência dos remadores marcada por um tamboreiro, partiam da Ilha Verde até à Praia Grande, onde se encontrava uma multidão que os aclamava. Nos finais do primeiro quartel do século XX, a verdadeira tradição esfumou-se, e, após um longo período de ausência, reaparece nos anos cinquenta, mas já transformada em autênticas provas desportivas (a desportivação do lúdico e do ritual contextualizado no quadro axiológico actual, tão referido por muitos autores contemporâneos), e a que as autoridades e os senhores da cidade concedem, com a suapresença, bastante prestígio, continuando a ser até aos nossos dias um dos festivais chineses mais coloridos de Macau. [C.C.A] Bibliografia: AMARO, Ana Maria, O Brinco do Leão, (Macau, 1983); BARROS, Leonel, Macau. Coisas da Terra e do Céu, (Macau, 1999); CAILLOIS, Roger, Os Jogos e os Homens. A Máscara e a Vertigem, (Lisboa, 1990); CRESPO, Jorge, As Actividades Corporais: Síntese Histórica, (Lisboa, 1987); ELIADE, Mircea, O Sagrado e o Profano. A Essência das Religiões, (Lisboa, [s.d.]); GOMES, Luís Gonzaga, Macau: Factos e Lendas, (Lisboa, 1979); GUTTMANN, Allen, From Ritual to Record: The Natureof Modern Sports,(Nova Iorque, 1978); HUO, Liming, The Preliminary Study on the Cultural Connotation and theTimes. Value of Dragon-boat Race, (Guangzhou, 1994); JORGE, Cecília, “Dragão, Dragão”, in Revista Macau, n.° 13, (Macau, 1993), pp. 22-30; MACHADO, J. Silveira, Macau: Mitos e Lendas, (Macau, 1998); PEIXOTO, Rui Brito; OLEIRO, Manuel Bairrão, Museu Marítimode Macau,(Macau, 1992).
FESTIVIDADES CHINESAS
Tempo: | Após o estabelecimento da RPC em 1949 até 1999 |
1999 | |
Local: | Península de Macau-Freguesia da Sé |
Largo do Leal Senado | |
Palavra-chave: | Dança de dragão |
Fonte | |
Santa Casa da Misericórdia |
Fotografia: | Wai-Keong, Lok |
Fonte: | Arquivo de Macau, documento n.ºMNL.01.79b.Icon |
Entidade de coleção: | Arquivo de Macau |
Fornecedor da digitalização: | Arquivo de Macau |
Tipo: | Imagem |
Fotografia | |
A cores | |
Formato das informações digitais: | TIF, 1333x2000, 7.63MB |
Identificador: | p0005491 |
Instruções de uso
Já tem a conta da "Memória de Macau"? Login
Comentários
Comentários (0 participação(ões), 0 comentário(s)): agradecemos que partilhasse os seus materiais e histórias (dentro de 150 palavras).