Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
O projecto “Memória de Macau” foi galardoado com “Estrela de Descobrimento” do “Prémio Global 2024 para Casos Inovadores em Educação do Património Mundial (AWHEIC)”.
Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Chegamos a ver fotografias antigas de Macau, cujos cenários são irreconhecíveis. Agora o fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro coloca as fotografias antigas de Macau nos cenários actuais, permitindo-nos viajar nos diferentes tempos ......
>>Ir à exposição
No projecto “À Procura de Macau” o fotógrafo reuniu algumas das muitas fotografias que fez quando residiu neste território entre 1986 a 1994, e quando o revisitou em 2005 e 2016.
>>Ir à página da exposição
Baltasar Gago foi missionário, e superior. A inexplicável diferença que oferecem os documentos coetâneos para o ano do nascimento de Gago em Lisboa abarca desde 1507 até 1521. O ano de 1518 pode aproximar-se da realidade. Em 1546, sendo clérigo in sacris, foi admitido na Companhia de Jesus, na sua cidade natal, por Simão Rodrigues. No mesmo ano, ordenou-se sacerdote e talvez tenha dedicado o seu noviciado à continuação dos seus estudos ou aos ministérios, como parece indicar o adiamento voluntário da sua primeira missa e do mês de Exercícios Espirituais até à sua chegada a Goa. Com Gaspar Barzeo e outros jesuítas, partiu de Lisboa no dia 17 de Março de 1548. A sua entrega aos enfermos da nau foi heroicamente superada pelo serviço prestado aos contagiosos do hospital de Moçambique, onde Barzeo encontrou alojamento para os jesuítas. Depois de uma viagem azarada, chegou a Goa no dia 4 de Setembro. Ainda que Gago fosse destinado 'para leer un curso de artes en el colegio' de São Paulo [DI 1 308], não chegou a subir à cátedra, dedicou antes um mês a fazer os ditos Exercícios Espirituais, dirigido por Cosme de Torres e, uma vez estes terminados, celebrou a sua 'misa nova' no dia 28 de Outubro. Em 1550, teve ministérios apostólicos em Cochim e, a 8 de Setembro de 1551, acompanhou como capelão o vice-rei Afonso de Noronha na expedição de Ceilão. Fracassada esta, voltou à Pescaria em missão pastoral, e dali caminhou a pé até Goa. No dia 5 de Novembro de 1551, Xavier chamou-o ao Japão, mas a carta, enviada de Kagoshima, chegou às suas mãos com notável atraso. Recuperada a saúde, deteriorada nas suas andanças pelo sul da índia, no dia 17 de Abril de 1552, partiu a caminho da China com Xavier (que regressou nesse ano) e com os irmãos Fróis, Ferreira, Silva e Alcáçova. A oposição de Álvaro de Ataíde, preconizado governador de Malaca, fez com que Xavier remodelasse o seu plano: Gago, Silva e Alcáçova adiantaram-se na viagem ao Japão e chegaram a 14 de Agosto de à ilha de Tanegashima e, a 7 de Setembro, a Funai (Bungo).O dáimio Otomo Yoshishige acolheu-os com afecto e quis retê-los, mas Gago, precedido por Alcáçova e em seguida por Silva, foi reunir-se en Yamaguchi com o superior Cosme de Torres pouco antes do Natal. No dia 10 de Fevereiro de 1553, entrou novamente em Funai com o irmão João Fernández para dar vigor à nova cristandade iniciada por Xavier. Gago conseguiu um número substancial de conversões, tanto na cidade como na região. O dáimio pagão doou terreno e as suas próprias casas, que primeiro serviram de residência aos missionários e seus ajudantes e depois se converteram no primeiro hospital católico do Japão (cf. Luís de Almeida). Gago teve ao seu cuidado as cristandades de Takata, Kurami, etc., e a longínqua Hirado. Em 1556, foi substituído em Bungo por Cosme de Torres, e Gago centrou-se em Hirado e ilhas adjacentes. Aqui escreveu o primeiro catecismo japonês Nijugo Kagyo, 'Los 25 capítulos'. Em 1557, deixando o seu posto a Gaspar Vilela, foi para Hakata com Guilherme Pereira para fundar outra missão. Na Primavera de 1559, esta cidade e a missão foram destruídas e Gago voltou para Funai, depois de uma odisseia de três meses que o deixou traumatizado e o obrigou a deixar o Japão. No dia 27 de Outubro de 1560, embarcou no junco de Manuel de Mendonça para acompanhar à Índia o também enfermiço Rui Pereira e para preparar uma nova remessa de missionários. As tempestades detiveram-no durante cinco meses na ilha de Hainão e um Inverno em Macau. Chegou a Goa no dia 24 de Abril de 1562. Na Índia - Goa, Chorão, Rachol, Margão, Salsete - passou os seus últimos 20 anos, ainda que, em 1566, tenha pedido ao geral Francisco de Borja para voltar à Europa e tal lhe tenha sido concedido. A doença crónica, agravada pela imaginação, fez com que a sua actividade missionária se reduzisse ao mínimo. Em 1571 e 1572, foi superior do colégio de Chorão e, em 1575, assistiu à Consulta que teve lugar nessa cidade (6-18 de Dezembro). Faleceu em Goa, em data desconhecida, entre 21 de Outubro de 1582 e 5 de Dezembro de 1583, possivelmente no dia 9 de Janeiro. Na vida de Gago há duas etapas: até 1562, era 'muy buen hombre y muy humilde', 'muy antiguo en virtudes, obediente', 'riene buen nombre por sufirmeza en [a vocação à] la Compañía, en las virtudes y en hacer fruto, según dicen los que le trataron'. Foi um missionário cheio de vitalidade e de espírito apostólico. Mais tarde, o seu estado enfermiço e a sua inactividade foram objecto de comentários e foi criticado por procurar um tratamento especial, máximo no que respeita à comida, ainda que fosse reconhecido tratar-se de um homem bom. Para o progresso da missão do Japão, na sua primeira época- Gago foi o terceiro sacerdote- revelou-se certamente uma peça providencial, sendo estimado por laicos e religiosos, à excepção talvez de Melchior Nunes Barreto. [J.R.M.]Bibliografia: DE BACKER, Augustin; DE BACKER, Aloys; CARAYON, Auguste; SOMMERYOGEL, Carlos, Bibliothèque de la Compagnie de jésus: Première partie: Bibliographie par Augustin et Aloys de Backer : Seconde partie : Histoire par Auguste Carayon, Édition nouvelle par Carlos Sommervogel, 12 vols., (Bruxelas, 1890-1932); POLGÁR, László, Bibliographie sur l'histoire de la Compagnie de Jésus 1901 -1980, III, n.o 7097; RODRIGUES, Francisco, História da Companhia de Jesus na Assistência de Pomtgal, tomo I, vol. 2; RUIZ-DE-MEDINA, Juan, 'Un Japonés con Nombre Español', in Missionalia Hispânica, 119, (Madrid, 1984), pp. 5-98; SCHÜTTE, Josephus Franciscus, Introductio ad Historiam Societatis Jesu in Japponia, 1549-1650, (Roma, 1968).
No dia 21 de Dezembro de 1864, um grande incêndio destruiu durante a noite quase toda a povoação de Coloane, ao sul da Taipa. As 250 casas, que eram quase todas de ola, arderam completamente, não havendo, porém, vítimas a lamentar. A povoação fica muito reduzida mas encontra-se reconstruída de novo em 17 de Abril de 1865. O governo português continua a patrulhar e defender da pirataria aquele local. (Cfr. esta Cronologia…, 1865, Julho, 2 e 1868, Fevereiro, 28).
A Direcção dos Serviços de Fazenda e Contabilidade anuncia no dia 17 de Abril de 1936 que se procederá no dia 4 de Maio a arrematação do exclusivo das loterias Pacapio, Sanpio e Chimpupio (com exclusão da modalidade recentemente introduzida na loteria pacapio de jogar uma só letra) em Macau, Taipa e Coloane, pelo tempo limitado de 12 meses, sendo a base de arrematação de $350.000,00 conforme a oferta feita e devidamente garantida.
Nao só para possibilitar um acesso directo do Aeroporto Internacional de Macau a República Popular da China através de acessos rápidos, mas também para vir a descongestionar o intenso tráfego que se fazia sentir entre a península e as ilhas em franco desenvolvimento, foi inaugurada, a 17 de Abril 1994, a Ponte da Amizade. Ligando a península de Macau e a ilha da Taipa com quatro quilometros e meio de comprimento – o que faz dela uma das mais extensas da Ásia – a nova ponte, que significou um investimento da ordem de12 milhões de contos, veio, ainda, permitir acelerar o desenvolvimento das ilhas nomeadamente nas áreas do turismo, indústria e imobiliário.
Mais
Instruções de uso
Já tem a conta da "Memória de Macau"? Login