Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Chegamos a ver fotografias antigas de Macau, cujos cenários são irreconhecíveis. Agora o fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro coloca as fotografias antigas de Macau nos cenários actuais, permitindo-nos viajar nos diferentes tempos ......
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Ao sair de Macau, em Janeiro de 1780, D. Alexandre da Silva Pedrosa Guimarães deixou a diocese entregue aos cuidados do vigário geral padre António Jorge Nogueira. Com o bispo em Lisboa e com o passar dos anos, o governador do bispado alimentou a esperança de vir a ser nomeado para a mitra macaense. Os moradores de Macau, em Janeiro de 1790, secundaram o desejo do padre Nogueira, solicitando à Rainha que o indigitasse para suceder ao bispo Pedrosa Guimarães. A pretensão dos macaenses chegava tardiamente, porque a sé de Macau já tinha sido ocupada por D. Marcelino José da Silva, eleito para o cargo a 14 de Julho de 1789. Nascido em Paparia (Beira Baixa), a 16 de Janeiro de 1749, o novo ordinário macaense foi baptizado na igreja de Sernache do Bonjardim, a 30 de Março do mesmo ano. Doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra e membro da Ordem Militar de Avis, D. Marcelino José da Silva foi sagrado, em Lisboa, a 17 de Janeiro de 1790. Para Macau, partiu em Fevereiro de 1791, tendo chegado ao seu destino a 10 de Setembro do mesmo ano. No dia seguinte, foi recebido na cidade, fazendo a sua entrada solene na Sé Catedral no dia 25 de Setembro de 1791. Um mês após a sua chegada, ocorreu um triplo homicídio perpetrado por um marinheiro filipino. As exigências dos mandarins durante o processo e os desacatos praticados no dia em que o réu foi executado impressionaram negativamente o prelado. O procedimento pouco interveniente do governador Vasco Luís Carneiro de Sousa e Faro, as agressões aos membros do Senado que assistiam à execução do réu e os danos causados nas igrejas e nas casas dos cristãos puseram em evidência a fragilidade das autoridades portuguesas de Macau face às suas congéneres chinesas. No relatório que, em Dezembro de 1791, remeteu a Martinho de Melo e Castro, o bispo dava conta desses incidentes e das suas preocupações relativamente ao governo da cidade e à situação em que encontrou a sua diocese. O clero, constituído por 15 padres seculares, 5 minoristas e 24 religiosos (13 franciscanos, 8 dominicanos e 3 agostinhos), era todo ignorante. Nesta categoria, não incluía os 4 padres lazaristas que dirigiam o seminário frequentado por 17 seminaristas portugueses e chineses. Igualmente ignorante em matéria de doutrina eram os cristãos macaenses, tendo, por isso, ordenado que os párocos ensinassem todos os domingos o catecismo. Exceptuando dez ou doze moradores ricos, todos os demais se encontravam empobrecidos e sobrecarregados de dívidas. A pobreza e a ociosidade coexistiam com o luxo e a prostituição sustentada pelos representantes das companhias comerciais europeias que residiam na cidade. Para obviar o problema, tinha fundado o Recolhimento de Santa Maria Madalena. As preocupações do prelado foram apresentadas em Goa e em Lisboa. O governador da Índia respondeu algo indiferentemente, mas, em Lisboa, as inquietações do prelado foram, nessa altura, bem acolhidas. Todavia, na monção de 1792, Martinho de Melo e Castro recebeu queixas sobre o excessivo rigor do bispo que pretendia recorrer à força e à prisão para corrigir a dissolução de costumes. O Recolhimento era gerido como se fosse uma prisão feminina e não um estabelecimento destinado a apoiar as mulheres que, por falta de recursos, se dedicavam à prostituição. Além disso, D. Marcelino José da Silva pressionava o governador e o ouvidor para que colaborassem na sua campanha morigeradora, pretendendo que lhe fossem providenciados os meios repressivos que pretendia usar. Face ao agravamento das incompatibilidades, o prelado macaense decidiu recorrer, de novo, para Lisboa, declarando que ou lhe concediam os recursos que requisitava ou, não sendo atendido, apresentava a sua resignação. A resposta do Secretário de Estado do Ultramar foi algo violenta, lembrando-lhe que Cristo tinha mandado os apóstolos a pregar e a baptizar, sem lhes ter aconselhado o uso da força. Aliás, se o bispo se sentia incapaz de exercer o seu ministério sem medidas coercivas, isso significava que não possuía as qualidades necessárias para pastorear as duas províncias chinesas (Guangdong 廣東 e Guangxi 廣西) que pertenciam à sua diocese e onde jamais poderia recorrer à força. A admoestação foi recebida, mas não sanou o diferendo existente entre o prelado e o ouvidor, devido a um fundo de 8 mil taéis atribuídos em partes iguais ao Seminário e ao Recolhimento de Santa Maria Madalena. O capital tinha estado depositado no cofre dos órfãos e tinha sido concedido à diocese para, através do investimento nos diversos barcos da cidade, garantir os recursos necessários ao funcionamento das obras a que ficava adstrito. O ouvidor considerava que, embora tivesse passado a pertencer ao bispado, o fundo devia continuar a ser gerido pelo Senado. O bispo, por seu turno, pretendia que a administração fosse confiada ao clero, por temer que se perdesse como já tinha acontecido com outros fundos destinados a fins eclesiásticos. A decisão tomada em Lisboa contemplou as pretensões do ouvidor, obrigando o prelado a entregar o capital ao Senado. D. Marcelino obedeceu, mas a 29 de Dezembro de 1790 renovou o seu pedido de renúncia, frisando que não o fazia para fugir a trabalhos, mas porque, ao fim de nove anos, tinha verificado que não possuía nem as virtudes nem os talentos para desempenhar o múnus episcopal. A diocese necessitava de alguém que fosse capaz de provocar as mudanças que ele não conseguira implementar. O pedido foi aceite a 11 de Dezembro de 1801, tendo D. Marcelino José da Silva regressado a Lisboa, em Janeiro de 1803. No seu pedido de renúncia declarava que pretendia regressar ao seu convento de S. Bento de Avis. Desconhecemos se cumpriu o seu desejo e em que se ocupou até ao seu falecimento a 11 de Junho de 1783. Ficou sepultado no Seminário de Sernache do Bonjardim, ao lado de seu irmão, bispo de Adrianóplis, 19.º provisor da ordem do Crato e fundador do Seminário das Missões Ultramarinas. [A.V.] Bibliografia: Arquivo Histórico de Goa, Correspondência de Macau, livros 1289-1291; Arquivo Histórico Ultramarino, Macau, cxs. 18 a 23 e Arquivos de Macau, vols. IV, VIII, XI, XIV e XV, 1965, 1967, 1969-1971; ABREU, António Graça de, D. Frei Alexandre de Gouveia, Bispo de Pequim (1751-1808). Contribuição para o Estudo das Relações entre Portugal e a China, dissertação de mestrado, não publicada, (Lisboa, 1998); GUIMARÃES, Ângela, Uma Relação Especial: Macau e as Relações Luso-Chinesas (1780-1814) , (Lisboa, 1996); TEIXEIRA, Padre Manuel, Macau e a sua Diocese, (Macau, 1940); VALE, A. M. Martins do, Os Portugueses em Macau (1750-1800) , (Macau, 1997).
No dia 14 de Julho de 1755, toma posse do governo de Macau o Moço e Escudeiro Fidalgo, Francisco António Pereira Coutinho, natural de Taná, Índia. Ainda tem como cenário a recessão dos tempos a ele anteriores (desde 1740, finais da década). No seu tempo ficou concluído o “sistema de Cantão” com a publicação em 1761 do Código que regulava as relações comerciais entre chineses e estrangeiros. A residência de estrangeiros na cidade foi também objecto de protestos da China. Mas o Governador conduziu a res pública com elevação e os macaenses mostraram-se agradados com o seu mandato, que terminou em 1758. V. Governadores De Macau, Coordenação de Jorge Santos Alves e António Vasconcelos de Saldanha. Investigação e textos de Paulo Sousa Pinto, António Martins do Vale, Teresa Lopes da Silva e Alfredo Gomes Dias. Editora Livros do Oriente, Portugal, 2013, p. 115.
No dia 14 de Julho de 1764, toma posse de Governador de Macau José Plácido de Matos Saraiva. Até 1767 encontra-se à frente do governo. Residiu nas, então vagas, casas do bispo mas parece que as deixou em mau estado (queixou-se o novo prelado em 1774 – D. Alexandre Pedrosa Guimarães). Saraiva conhecia os meandros de Macau. Servira na guarnição da Fortaleza do Monte e no Baluarte da Senhora do Bomparto. Daí a envolver-se no comércio do ópio foi um curto passo. E parece que não se deu mal. V. Governadores de Macau, Coordenação de Jorge Santos Alves e António Vasconcelos de Saldanha. Investigação e textos de Paulo Sousa Pinto, António Martins do Vale, Teresa Lopes da Silva e Alfredo Gomes Dias. Editora Livros do Oriente, Portugal, 2013, pp. 118-119.
No dia 14 de Julho de 1838, o Mandarim Tso-Tang, por apelido Pom, oficiou ao Procurador da Cidade, dizendo que na informação que este lhe enviara se não encontravam mencionados o nome do comandante da tropa vinda na corveta Infanta Regente, o número dos soldados trazidos por este navio e os seus nomes, nem os dos operários que deveriam consertar o navio, que perdera todos os mastros e se abrira em água, devendo ser proibido o desembarque dos soldados destinados a Timor, a fim de evitar quaisquer desordens.
No dia 14 de Julho de 1838, D.Maria II manda organizar um Museu no Seminário de S. José e uma livraria na cidade, mas tais benefícios não se chegaram a concretizar. (Cfr. esta Cronologia…, 1873, Dezembro,27 e 1895, Novembro, 29). No dia 16 do corrente mês, por Portaria Régia foi recomendada a criação de um Jardim Botânico em Macau, destinado principalmente à cultura das plantas medicinais de que usam os chineses e à fundação de uma biblioteca, composta principalmente de livros e mapas chineses, japoneses ou escritos em outras línguas orientais.
No dia 14 de Julho de 1867, chegou a barca Jeddo da praça de Macau e propriedade do Visconde e Barão do Cercal, vinda de Singapura para Hong Kong, com carga de açúcar, pimenta e rotim. Na noite de 4 de Julho, nas alturas de 13º45’ de lat. N. e 112º 20’ de long. E., deu-se um misterioso crime, pelas 11 horas, no qual um marinheiro chinês feriu, mortalmente, o timoneiro filipino, matando em seguida à cutilada o Capitão do navio, Primo dos Santos, o 2º. piloto Valério dos Remédios e o 3º. piloto Machado. O velho contra-mestre Macedo Nunes não foi atacado mas enlouqueceu perante tão horrível tragédia. Entretanto, na proa, os filipinos da tripulação eram feridos por um ou dois chineses. O barco trazia também 65 passageiros chineses e, consumada a tragédia, voltaram todos a trabalhar como se nada tivesse ocorrido até ao dia 8, em que o navio inglês Veritas prestou socorro, prendendo dois chineses, e levando o Jeddo para Hong Kong.
No dia 14 de Julho de 1870, faleceu o Pe. António Lopes da Silva, nascido em Macau, em 8 de Maio de 1817. Foi muito estimado por toda a população, tendo recebido, em Manila, aos 24 anos de idade a sagrada ordem de Presbítero. De volta a Macau, regeu a cadeira de português no Colégio de S. José e abriu, em sua casa, uma escola donde saíram alguns padres e muitos guarda-livros.
Pelo aviso de 14 de Julho de 1915, a Repartição Superior de Fazenda avisa os indivíduos abaixo designados, compradores dos talhões n.os 1 a 23, situados no prolongamento da nova Avenida Almeida Ribeiro, no Bazar chinês, para no prazo de quinze dias, apresentarem os seus requerimentos, solicitando o reconhecimento de foreiro: 1º: 148.70 m2- Li-chi-vong e Li-sio-chan. 2º: 45.50 m2- Li-choi-sang 3º: 22,90 m2 - Dr. Carlos de Melo Leitão 4º: 152.40 m2- Vong-fun-hau 5º: 332.30 m2- Cheong-chun 6º: 135 m2- Leong-hing-kee 7º: 102.43m2 - Lu-io-chao 8º: 206.78 m2- Lam-kuai-iao, Tam-sam, Vong-u-chio e Leong-can 9º: 200 m2- I-vó 10º: 53.40 m2 - Chan-hon 11º: 46.92 m2 - Vong-chi-chao 12º: 20.25 m2- Cheong-chun 13º: 30 m2- Ly-pat 14º: 113.52 m2- Luiz Lourenço Franco Administrador do seu filho interdito Luiz António Franco 15º: 40.70 m2- Song-chi-pang 16º: 76.92 m2, Lam-chun 17º: 33.38 m2- Chan-in-ton 18º: 57.60 m2- Henrique Nolasco da Silva 19º: 360.76 m2- Pun-sao-tong 20º: 119.46 m2- Nguin-u-va 21º: 99.60 m2- Mac-meng 22º: 61.18 m2- Man-soi-tin 23º: 61.20 m2- Fan-man-va, aliás Fan-nguin-iao-tong
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