Em 1760, o Imperador Chien-Lung (高宗) impõe novos regulamentos ao comércio dos estrangeiros, o que obriga estes a buscar asilo em Macau. Todos os navios estrangeiros deviam remover as armas antes de entrar no porto de Cantão e estes não poderiam residir lá permanentemente; o negócio devia ficar concluído no fim da estação, as dívidas pagas, sem nenhum crédito até à próxima estação. Os comerciantes deveriam permanecer nas suas feitorias, podendo passear em áreas e em tempos restritos. Idem, os marinheiros. Nenhum europeu poderia entrar na cidade de Cantão. Logo que os estrangeiros tiveram conhecimento dos novos regulamentos, olharam para Macau como porto de refúgio: depois da estação comercial de 1761, a Companhia Francesa e a Holandesa vieram estabelecer-se no entreposto; seguiram-se os dinamarqueses e os suecos; os ingleses são os últimos. Ainda que o Governo da Índia proibisse a fixação dos estrangeiros nesta Cidade, Macau teve de se submeter às ordens do V. R. de Cantão, que se dizia porta-voz do Imperador. • Os chineses permitiram a fixação de estrangeiros em Macau mas o Rei de Portugal decretara em 1846 a proibição de residência e tráfego a estrangeiros em Macau. No respeito a ambas as directrizes, os de fora negociavam através de agentes portugueses e os cofres do Senado não perigaram!

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Data de atualização: 2020/07/21