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Data de atualização: 2020/07/21
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No dia 11 de Novembro de 1879, o Comandante José Correia de Lemos, falando das povoações de Ka-Ho, na ponta leste de Coloane, Seac Pai Van, na costa norte e Hác Sá a sudoeste, refere que não lhe cabe o direito de exercer autoridade administrativa nessas povoações, porque é uma questão muito “melindrosa”; mas informa que em Agosto do mesmo ano começou a lançar-se aos cultivadores das várzeas o tributo de aforamento a que até aí não estavam obrigados.
Povoações de Ka-Ho
No dia 31 de Outubro de 1871, foi inaugurado o arco da Porta do Cerco evocando-se nesse acto a memória do Governador João Maria Ferreira do Amaral.
Inaugurado o arco da Porta do Cerco
No dia 3 de Abril de 1873, pela terceira vez se verifica que os governadores indeferem a pretensão de exclusivo de peixe nas povoações das Ilhas, de modo a não deixar deserto o comércio em terra.
Governadores indeferem a pretensão de exclusivo de peixe nas povoações das Ilhas
O Presidente da Comissão Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Macau comunicou à Administração do Concelho que não poderia receber mais doentes da Ilhas no Hospital de S. Rafael. O Governador Lobo d’Avila comunicou ao Tenente Procópio Martins Madeira, então Comandante Militar da Taipa e Coloane, que seria de toda a conveniência fazer construir um hospital chinês naquele Município. (Cfr. esta Cronologia…, 1876).
De toda a conveniência fazer construir um hospital chinês naquele Município
No dia 10 de Agosto de 1878, por Portaria Régia é autorizada a venda do edifício da extinta Alfândega, e a aquisição de outro para estabelecer as repartições públicas. Virá a vender-se em 1881 (Boletim n.º 28) por 60 mil patacas.
Autorizada a venda do edifício da extinta Alfândega
É dada nesta data (2 de Julho de 1877) uma concessão a Miguel Ayres da Silva para aterrar o espaço do leito salgado na margem do Porto Interior, que solicitou para edificações sob determinadas condições.
Concessão a Miguel Ayres da Silva
No dia 23 de Janeiro de 1876, conforme publicação no n.º 52 do Boletim do Governo, aparece constituída a primeira “Associação dos Trabalhadores da Função Pública”, enumerando os sócios admitidos ao longo do ano (797 sócios). A notícia, na parte não oficial do Boletim, é assinada pelo delegado da direcção, Raphael das Dores. Trata-se da chamada “Associação dos Funcionários Públicos”.
“Associação dos Trabalhadores da Função Pública”
Em 1866, o primeiro busto de Camões, na Gruta do Jardim de Manuel Pereira (1757 - 1826) foi substituído, por iniciativa do genro do rico negociante, Lourenço Caetano Cortela Marques, casado com Maria Ana Josefa Pereira. (V. nesta Cronologia…, 1866, Janeiro, 28). No dia 28 de Janeiro de 1866, para solenizar a colocação do busto de Camões, encomendado a Bordalo Pinheiro por Lourenço Marques, proprietário da gruta do mesmo nome, busto este cuja chegada a Macau foi noticiada pelo Boletim do Governo n.º 17 de 29 de Março de 1862, realizou-se “uma escolhida reunião de damas e cavalheiros, nacionais e estrangeiros, n’aquelle ameno e delicioso recinto. Compareceu também S. Exa o Governador e mais autoridades, bem como os estudantes do Seminário, tocando a interessante banda marcial dos alunos, composta de mais de 20 músicos. Alguns estudantes recitaram, a propósito, várias poesias escolhidas e adequadas, em português, latim, francês e italiano. O Sr. Sá Camello, alferes do Batalhão de Linha, recitou também, com bastante entusiasmo, a linda poesia do Sr. António Serpa Pimentel intitulada “Camões na Gruta de Macau”.
Colocação do busto de Camões no Jardim de Manuel Pereira
No período de dois anos a contar desta data (1877) foi plantado, com êxito, um bom número das hoje tão apreciadas “Arvores de Pagode” ou de “S. José”. Assim, e mencionando apenas alguns dos lugares que ostentam ainda os mais belos exemplares, foram plantados 22 pés na Rua do Tanque do Mainato, 107 na Rua da Praia Grande, 27 na Estrada de S. Francisco, 86 na Rua de Mong-ha, 13 na Rua do Lilau e Barra.
“Arvores de Pagode”
Fonte: | Jorge Forjaz, Famílias Macaenses, Volume IV, Macau, Albergue SCM e Bambu- Sociedade e Artes Limitada, 2017, p. 76. |
Língua de entrevista: | Português |
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