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Data de atualização: 2020/07/21
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Em 1866, o primeiro busto de Camões, na Gruta do Jardim de Manuel Pereira (1757 - 1826) foi substituído, por iniciativa do genro do rico negociante, Lourenço Caetano Cortela Marques, casado com Maria Ana Josefa Pereira. (V. nesta Cronologia…, 1866, Janeiro, 28). No dia 28 de Janeiro de 1866, para solenizar a colocação do busto de Camões, encomendado a Bordalo Pinheiro por Lourenço Marques, proprietário da gruta do mesmo nome, busto este cuja chegada a Macau foi noticiada pelo Boletim do Governo n.º 17 de 29 de Março de 1862, realizou-se “uma escolhida reunião de damas e cavalheiros, nacionais e estrangeiros, n’aquelle ameno e delicioso recinto. Compareceu também S. Exa o Governador e mais autoridades, bem como os estudantes do Seminário, tocando a interessante banda marcial dos alunos, composta de mais de 20 músicos. Alguns estudantes recitaram, a propósito, várias poesias escolhidas e adequadas, em português, latim, francês e italiano. O Sr. Sá Camello, alferes do Batalhão de Linha, recitou também, com bastante entusiasmo, a linda poesia do Sr. António Serpa Pimentel intitulada “Camões na Gruta de Macau”.
Colocação do busto de Camões no Jardim de Manuel Pereira
O Presidente da Comissão Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Macau comunicou à Administração do Concelho que não poderia receber mais doentes da Ilhas no Hospital de S. Rafael. O Governador Lobo d’Avila comunicou ao Tenente Procópio Martins Madeira, então Comandante Militar da Taipa e Coloane, que seria de toda a conveniência fazer construir um hospital chinês naquele Município. (Cfr. esta Cronologia…, 1876).
De toda a conveniência fazer construir um hospital chinês naquele Município
No dia 11 de Novembro de 1879, o Comandante José Correia de Lemos, falando das povoações de Ka-Ho, na ponta leste de Coloane, Seac Pai Van, na costa norte e Hác Sá a sudoeste, refere que não lhe cabe o direito de exercer autoridade administrativa nessas povoações, porque é uma questão muito “melindrosa”; mas informa que em Agosto do mesmo ano começou a lançar-se aos cultivadores das várzeas o tributo de aforamento a que até aí não estavam obrigados.
Povoações de Ka-Ho
No dia 14 de Janeiro de 1876, é estabelecido um Posto Fiscal Chinês nas proximidades de Macau.
Posto Fiscal Chinês
No dia 24 de Dezembro de 1871, entraram no porto de Macau três navios de comércio da Confederação Germânica do Norte, uma canhoneira chinesa e o navio inglês Nel Dirperon.
Entraram no porto de Macau cinco navios
No dia 10 de Agosto de 1878, por Portaria Régia é autorizada a venda do edifício da extinta Alfândega, e a aquisição de outro para estabelecer as repartições públicas. Virá a vender-se em 1881 (Boletim n.º 28) por 60 mil patacas.
Autorizada a venda do edifício da extinta Alfândega
No dia 31 de Outubro de 1871, foi inaugurado o arco da Porta do Cerco evocando-se nesse acto a memória do Governador João Maria Ferreira do Amaral.
Inaugurado o arco da Porta do Cerco
No período de dois anos a contar desta data (1877) foi plantado, com êxito, um bom número das hoje tão apreciadas “Arvores de Pagode” ou de “S. José”. Assim, e mencionando apenas alguns dos lugares que ostentam ainda os mais belos exemplares, foram plantados 22 pés na Rua do Tanque do Mainato, 107 na Rua da Praia Grande, 27 na Estrada de S. Francisco, 86 na Rua de Mong-ha, 13 na Rua do Lilau e Barra.
“Arvores de Pagode”
No dia 2 de Julho de 1871, actuando conforme as ordens recebidas do Governador António Sérgio de Sousa, o intérprete-sinólogo Pedro Nolasco da Silva acompanhado de Augusto Ludgero Vichi, ajudante do Capitão do Porto, foi a bordo duma embarcação de guerra chinesa, surta no porto de Macau, comunicar ao Mandarim dos postos fiscais Paum Ioc, que o Governador lhe mandava dizer que não havia de tratar de negócio algum com ele, enquanto não fizesse sair do porto de Macau todas as canhoneiras chinesas, menos uma, ao que o Mandarim respondeu que ia mandar retirar as ditas canhoneiras, assegurando que elas não tinham vindo com fim hostil, mas para serem empregadas no cruzeiro de repressão do contrabando de ópio.
Repressão do contrabando de ópio do Governo chinês
Fonte: | Jorge Forjaz, Famílias Macaenses, Volume IV, Macau, Albergue SCM e Bambu- Sociedade e Artes Limitada, 2017, p. 76. |
Língua de entrevista: | Português |
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