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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
BOCAGE, MANUEL MARIA L’HEDOUX DE BARBOSA DU (1765-1805). Bocage nasceu em Setúbal, em 15 de Setembro de 1765, e morreu em Lisboa, a 21 de Dezembro de 1805. Muito jovem (1781), fugiu de casa para o Quartel de Infantaria de Setúbal, onde assentou praça, ingressando no ano seguinte na escola da Companhia dos Guardas-Marinhas. Frequentador da boémia lisboeta, acabou por abandonar a escola, sendo dado como desertor em 6 de Junho de 1784. Inadaptado aos cânones sociais da época, uma paixão, cantada nos seus versos, trouxe-lhe o desejo de estabilidade económica. Assim, consegue vir a ser nomeado guarda-marinha, qualidade em que embarcou para a Índia em 4 de Abril de 1786. Chegado a Goa em 1787, sempre considerou a sua estadia no Oriente como um exílio, sentimento aliás bem patente na própria obra. Bocage foi promovido a tenente em 1789, após o que foi colocado em Damão, daí fugindo ao fim de dois dias, em circunstâncias ainda não completamente esclarecidas. O navio em que viajava terá aportado em Cantão e o poeta sido acolhido nas feitorias estrangeiras, vindo depois para Macau, onde residiu entre Outubro de 1789 e Março do ano seguinte. É ainda na China que toma conhecimento da morte, ocorrida em 11 de Setembro de 1788, do príncipe herdeiro D. José – a promissora esperança de um partido da Corte a que Bocage não parece ser indiferente – compondo então uma elegia em sua memória, texto no qual se remete mais uma vez à situação de exilado. Beneficiando do apoio e da hospitalidade do comerciante Joaquim Pereira de Almeida (a quem apelida de “benfeitor e amigo” na elegia que lhe dedica por ocasião da morte do pai), Bocage vem para Macau onde, por intermédio deste seu protector, se relaciona com as principais famílias da terra. Embora se trate de um período pouco estudado e documentado da vida do autor, deixou-nos o mesmo, através de uma produção poética sobretudo encomiática (tão ao gosto da época e de que foi um dos mais famosos cultores), não só o testemunho daqueles que integrariam o círculo das suas relações, ou se comportariam como os seus mecenas, mas também o reflexo do que seriam os seus sentimentos nos mais recônditos fins do Universo. Aliás, o soneto “Um governo sem mando, um bispo tal”, que lhe foi atribuído, constitui uma crítica mordaz sobre o que seria Macau na época (embora a autoria de Bocage, que aliás nunca foi pacífica, seja cada vez mais contestada), poderá de alguma forma equivaler à sua visão da cidade, e de modo mais genérico, ao sentimento, então mais ou menos generalizado, da decadência da presença portuguesa no Oriente. Apesar desse seu desprezo, o nome de Bocage foi dado a uma rua de Macau, que começa na Praça de Ponte e Horta e termina na Travessa das Virtudes. Durante a sua estadia no Território, dedicou outros poemas ao desembargador Lázaro da Silva Ferreira, governador interino de Macau(1789-1790), que lhe possibilitou o regresso a Portugal, como é o caso da ode “A Gratidão”; a D. Maria de Saldanha Noronha e Meneses, a quem, numa elegia e num soneto, pede intervenção para que consiga regressar a Portugal e não à Índia (de onde desertara, recorde-se), havendo ainda homenageado a rara beleza e sensibilidade de D. Maria de Guadalupe Topete Ulhoa Garfim. Renunciando ao posto de tenente, consegue finalmente regressar a Lisboa em 1790, não mais retomando a vida militar. Integra-se nos círculos culturais da capital, nomeadamente na Academia Nova Arcádia, onde assumiu o nome de Elmano Sadino, datando dessa época a publicação de três volumes das suas Rimas, que, aliás, viriam a ser reeditadas ainda em vida do autor, nomeadamente em 1800 e 1802. Em 1794, por se ter envolvido em contendas com alguns companheiros, é expulso da Academia e, em 10 de Agosto de 1797, preso às ordens de Pina Manique, sendo a peça principal do auto de acusação o poema “Pavorosa Ilusão da Eternidade”. Em 7 de Novembro é transferido para os cárceres da Inquisição e, em 22 de Março de 1798, para o Hospício de Nossa Senhora das Necessidades. A disciplina que então foi obrigado a seguir incutiu-lhe hábitos de trabalho e, uma vez posto em liberdade, traduziu para português as Metamorfoses de Ovídio e Os Jardins de Delille, entre outros. A sua obra – cuja publicação foi feita de um modo um tanto disperso, dando azo a algumas edições apócrifas após a sua morte – é constituída por todos os géneros poéticos do tempo, combinando elementos neoclassicistas e pré-românticos, sendo os temas mais tratados a solidão, o amor, o sofrimento, o belo-horrível e a morte, mediatizados pela sua própria experiência de vida. Considerado o maior poeta português do século XVIIII, ele mesmo estabelece o paralelismo entre o seu destino e o do grande poeta nacional, Luís de Camões. – Principais obras: Rimas, Tomo I (1791); Tomo II (1799); e Tomo III (1804); Obras Poéticas, Tomo IV (1812); Tomo V (1813); Poesias de Manuel Maria de Barbosa du Bocage, ed. Inocêncio da Silva, (Lisboa, 6 vols., 1853); Obras Poéticas de Bocage, ed. Teófilo Braga, (Porto, 6 vols., 1875); Opera Omnia de Bocage, ed. Hernâni Cidade, (Lisboa, 6 vols., 1969-1973). Bibliografia: Bibliografia: GRACIAS, José António Ismael, Bocage na Índia – Memória Histórica e Crítica, (Nova Goa, 1917); TEIXEIRA, Padre Manuel, “Bocage em Macau”, in Boletim do Instituto Luís de Camões, vol. XI, n.° 4 (Macau, 1977), pp. 237-256; VALE, António, “Bocage, Autor do Soneto Sobre Macau?”, in MacaU, n.° 54, (Macau, 1996), pp.170-177.
CHACIM, D. FREI FRANCISCO DE NOSSA SENHORA DA LUZ (1767-1828). Nasceu a 15 de Setembro de 1767 e morreu em Macau a 31 de Janeiro de 1828. Professou a Regra de São Francisco na Província da Arrábida. Foi eleito Bispo de Macau a 26 de Março de 1804, tendo assumido o governo da diocese no ano seguinte. Serviu de presidente do conselho do governo de Macau de 1823 a 1825 e de 1827 até ao seu falecimento. Durante o seu governo, nos anos de 1813 e 1815, houve romaria ao primeiro sepulcro de São Francisco Xavier, na ilha de Sanchoão (Shangchuan 上川). Tem lápide sepulcral na Sé, onde foi sepultado no dia 3 de Fevereiro de 1828, com os dizeres que o Padre Manuel Teixeira traduziu do latim para português: “Aqui jaz sepultado em paz. A alma agradecida do Cabido consagrou esta lápide ao senhor Dom Frei Francisco da Luz Chacim, Bispo de Macau, mestre emérito da Sagrada Teologia, de eminente piedade, fé, beneficência e generosidade. Nasceu aos 15 de Setembro de 1767 e faleceu aos 31 de Janeiro de 1828, no 22.º ano e 4.º mês do seu episcopado”. Como se pode deduzir da sua vida e das pastorais e cir¬culares, o Bispo Francisco Chacim, na palavra do his¬toriador de Macau Padre Manuel Teixeira, é “homem de uma só fé, de antes quebrar que torcer”. “É bem o tipo do sic volo, sic jubeo”. “Foi homem que os tempos requeriam”. “O liberalismo revolucionário achou nele um adversário irredutível”. Bibliografia: TEIXEIRA, Padre Manuel, Macau e a sua Diocese, vol. II, (Macau, 1940).
No dia 15 de Setembro de 1783, Correição do Desembargador, Juiz Sindicante de Macau, Joaquim José Mendes da Cunha, determinando que não fosse aprovada folha alguma de pagamento, sem primeiro ser jurada, e se juntarem ou mostrarem as ordens do Senado que autorizavam tais despesas, devendo também apresentar-se os recibos das pessoas a quem tivessem sido entregues as importâncias das mesmas despesas e serem as folhas previamente revistas por um juiz e vereador.
No dia 15 de Setembro de 1808, vindo no comboio inglês, chega a Macau o novo Governador, Lucas José de Alvarenga. (V. nesta Cronologia…1807, 27 de Agosto). Toma posse a 26 de Dezembro deste ano. Assiste ao conflito entre o Senado e o Ouvidor Arriaga. Os ingleses e a sua tropa saem de Macau mas o ataque da pirataria é uma preocupação que continua. Os mandarins mandam tropas para Macau, tendo as mesmas acampado perto do Forte de S. Francisco. Alvarenga investigou sobre as finanças a cargo do Senado, de que era presidente. Vigiou de perto a tradução das chapas sínicas acabadas de verter em português pelo Procurador, enfim, Alvarenga chegou a acusar o Ouvidor e o Senado de se passarem para o lado dos mandarins em vez de protegerem a soberania portuguesa. Em contrapartida, as elites locais acusavam-no de anglófilo! Ainda no seu tempo assiste-se à luta contra Cam Pao Sai, que acabou por se render, depois de negociações conduzidas por Arriaga. O mandato de Alvarenga acaba em19 de Julho de 1810. (V. Governadores De Macau, pp. 158 a 162).
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