Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
O website lançou Programa de partilha de imagens "Minha Memória de Macau", que visa incentivar os residentes a capturar, através da sua perspectiva, momentos preciosos da vida, instantes subtis e comoventes, integrando as suas experiências pessoais na memória coletiva da cidade.
>>Ir à página
Os termos e serviços do website “Memória de Macau” já foram atualizados. Clique >>consultar para conhecer o novo conteúdo. O contínuo de uso significa que os aceitou. Em caso de dúvida, seja bem-vindo de contactar connosco.
O projecto “Memória de Macau” foi galardoado com “Estrela de Descobrimento” do “Prémio Global 2024 para Casos Inovadores em Educação do Património Mundial (AWHEIC)”.
Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
“Hoje 23 de Fevereiro de 1728 se passaram de S. Paulo os Padres da Vice-Província (da China) para esta nova casa de S. José por ordem do Reverendo Padre V. Provincial João de Sá”. Começa assim a descrição do Seminário Diocesano de São José de Macau. A primitiva Casa de S. José foi doada aos padres jesuítas por Jorge Miguel (Cordeiro?), comerciante, cristão arménio, que a construiu para si e para o seu irmão, no ano de 1622. O Colégio de S. Paulo ou S. Paulo, o Grande [Tai Sam-Pa (Dasanba 大三 巴)], como o povo costuma, ainda hoje, identificá-lo em chinês, encontrava-se demasiado absorvido, sobretudo com as missões do Japão. Tendo-se aberto as portas da China e sendo Macau a verdadeira porta da Cruz [Sap Chi Mun (Shizimen 十字門)] para a China, tornou-se necessário fundar um outro centro de formação para missionários, que se dedicassem à missionação da China. A primitiva casa ou a Residência de S. José ficava situada no Monte do Mato Mofino, e bem cedo passou a ser conhecida entre o povo por S. Paulo, o Pequeno [Sam-Pa Chai (Sanbazai 三巴仔)]. Começou então a construção do enorme edifício do Seminário, de início de dois andares. No dia 10 de Outubro de 1746, foi benzida a pedra dos fundamentos da Igreja do Seminário, dedicado a S. José, como se pode ler na placa de bronze descoberta nas obras de restauração da Igreja, além da lápide de mármore que D. João de Deus Ramalho, S.J. (1890-1958) mandou colocar na fachada: “D.O.M. / No dia dez de Outubro do ano da Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1746 / dia dedicado a S. Francisco de Borja da Sociedade de Jesus / Bento XIV, reinante da Sede Romana / Sob os auspícios / do Potentíssimo Rei dos Lusitanos, o Senhor D. João V / Esta lápide / o primeiro fundamento estável de granito da Igreja dedicada a S. José / foi sagrada / pelo Exmo. e Revmo. D. Frei Hilário de S. Rosa, Bispo de Macau. / Iniciou a obra / o Padre Luís de Sequeyra, Vice-Provincial da Vice-Província / Chinesa da Sociedade de Jesus / Dirigiu / o Irmão Francisco Folleri da mesma Sociedade de Jesus / Reinava no Império Chinês / Kien Lum (Qianlong 乾隆), o quarto Imperador da Dinastia Tártara / Ocorria o vigésimo sexto dia / da oitava lua do décimo primeiro ano do seu império”. O conjunto dos edifícios foi inaugurado em 1758. Em 1803 foi decorado e remodelado, e restaurado em 1903, 1953, 1993 (edifício antigo) e 1999 (Igreja). No ano de 1730, já se escrevia que os alunos do Seminário de S. José, de recente fundação, vestiam à europeia para iludir a perseguição dos mandarins, devido à proibição dos ritos chineses, por ordem do Imperador Yongzheng 雍正 (1722-1735). Pouco nos legou a história dos seus primeiros trinta anos de vida, em que o Seminário esteve sob a direcção dos jesuítas. Há que destacar a figura de Padre Luís de Sequeira (1693-1763), a alma mãe da construção do Seminário, da sua organização educativa, homem sensível às necessidades do povo. Em 31 de Outubro de 1733, o Seminário, ainda em construção, acolheu o pedido do Senado em abrir um celeiro de arroz à sua custa e sob a sua administração, para socorrer as necessidades do povo. Em 2 de Abril de 1762, foi transmitido a Macau o Decreto Régio de 3 de Setembro de 1759, da expulsão dos jesuítas, e todos os seus bens em Macau passaram para a Diocese: o Colégio de S. Paulo, o Seminário de S. José, e a Igreja da Madre de Deus com o seu cemitério. Os jesuítas foram expulsos do Seminário, em 5 de Julho do mesmo ano. D. Frei Alexandre de Gouveia, bispo eleito de Pequim 北京, chegou a Macau em 28 de Julho de 1784, enviou um ofício a Martinho de Melo e Castro, então Secretário de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinos, onde, entre outros assuntos, solicita para que a Rainha D. Maria I providencie a criação de um Seminário. É atendido pelo ofício e põe em execução a carta régia de D. Maria I, de 13 de Abril do mesmo ano (1784), podendo optar pela sua localização para a criação de um Seminário ou no Colégio de S. José ou de S. Paulo. Em 9 de Setembro de 1784, estabelece-se o Seminário Régio e Episcopal de Pequim 北京, no Colégio de S. José. Frei Alexandre de Gouveia, depois de o consertar e equipar, elaborou o primeiro regulamento conhecido. O Seminário reabre com oito alunos e três professores, em 1 de Outubro de 1784, sendo reitor o Padre Manuel Correia Valente, proveniente do Seminário de Goa. Leccionava-se gramática, matemática, línguas latina e chinesa, retórica, filosofia, teologia dogmática e moral. Alí se formou um brilhante viveiro de missionários chineses e portugueses. Em 1811, escrevia o seu reitor, Padre Nicolau Rodrigues Pereira de Borja: “Bem se pode afirmar que desde a instituição deste Seminário, quase se não há ordenado sacerdote nesta cidade, que em tudo ou em parte não deva sua educação e ensino ao mesmo Seminário, fora outros que aqui se educaram, que não seguem o estado eclesiástico, sendo este o único lugar de educação nesta cidade”. Já em 1785, D. Frei Alexandre de Gouveia tinha sugerido ao Secretário de Estado de D. Maria I, que “dê à Congregação de S. Vicente de Paulo a Casa de S. José” na capital chinesa, e o Seminário da mesma invocação em Macau. Só em 1801 é que os padres lazaristas receberam as duas casas, com os ditos bens, até 1854. Em 1820, no declínio do absolutismo, Macau “possuía as seguinte casas de instrução: […] Um Seminário– Colégio (de S. José), com seis professores. Ensinavam- se aí, além de ler, escrever e contar, e ainda a música. Havia no colégio cadeiras de retórica, filosofia e dos estudos eclesiásticos, além da escola de matemática que regia o sr. (D. Joaquim) Saraiva, bispo de Peking”. Durante este período (1784-1845), e sob a direcção dos padres lazaristas formaram-se trinta sacerdotes, sobressaindo as seguintes figuras: 1. O mais abalizado sinólogo português, Padre Joaquim Afonso Gonçalves (1781–1841), autor de cerca de 10 monografias, entre gramática, vocabulário, dicionários e estabelecendo ligação latino-chinesa e luso-chinesa. Foi também um eminente músico. Os seus restos mortais estão depositados na parede direita da fachada do Seminário. 2. Padre João Gabriel Perboyre (1802-1840), francês lazarista, que sofreu o martírio em 11 de Setembro de 1840 em Ou-Tchang, na China. Foi beatificado em 1889 pelo Papa Leão XIII e canonizado em 2 de Junho de 1996, pelo Papa João Paulo II. Aprendeu chinês com o Padre Joaquim Afonso Gonçalves. 3. Jerónimo José da Mata (1804-1865) que chegou a Macau em 24 de Outubro de 1826, concluiu os estudos no Seminário e foi ordenado sacerdote em 1830 e sagrado bispo em Macau em 1845. Foi o primeiro bispo (1845-1862) de Macau que completou os seus estudos no Seminário. 4. O Padre Joaquim José Leite (1762-1852), que chegou a Macau em 20 de Maio de 1801 e faleceu a 25 de Junho de 1852. A ele se deve não só a organização e actualização do antigo arquivo da Reitoria, mas também do Seminário. Foi autor também de um “Diário”, fonte fundamental para a história do Seminário deste período. A publicação do Decreto de 30 de Maio de 1834, de extinção das ordens religiosas masculinas em Portugal, e aplicado a Macau em 1836, afectou gravemente o Seminário. Bem tentaram os lazaristas socorrer-se de todos os meios para manter o Seminário, mas em vão. Em 1845, o Seminário foi suspenso e os alunos foram distribuídos pelos diferentes vicariatos da Congregação dos Lazaristas, na China. Pela Carta de Lei de 12 de Agosto de 1856, determinando a reorganização dos seminários no Ultramar, D. Jerónimo de Mata reabre o Seminário, a 20 de Dezembro do mesmo ano, nomeando para reitor o Deão Manuel Lourenço de Gouveia, com a regência das aulas de teologia dogmática, moral e filosofia racional, sendo coadjuvado pelo Padre António Bernardino Barroso na regência do latim, português e chinês. A inauguração deu-se em 27 de Abril de 1857. Em 27 de Junho de 1857, é anexa ao Seminário a Escola Pública, por ordem do Governador Isidoro Francisco Guimarães, sendo esta administrada pela Câmara Municipal. Neste mesmo ano, o Bispo de Macau, D. Jerónimo José da Mata, nomeia uma comissão presidida pelo reitor para a elaboração de um inventário dos bens do Seminário, bem como das Missões do Real Padroado e a sua respectiva organização. Devido ao comércio, sobretudo com o Japão, e sentindo necessidade de formar navegadores, foi criada, por Carta de Lei de 5 de Julho de 1862, a “Escola de Pilotagem”, no Seminário. Neste mesmo ano, é publicado um novo regulamento do Seminário, com um plano geral de instrução, que diz respeito aos alunos que não se destinam ao estado eclesiástico. A instâncias do reitor, o Bispo D. Jerónimo recruta os jesuítas Francisco Xavier Rôndina e José Joaquim de Fonseca Matos, como professores do recém-aberto Seminário. Com estes dois excelentes professores, juntamente com o Padre Faria, Padre José Martinho Marques, Padre Tomás Cahil, minorista António Lopes, em breve espaço de tempo o Seminário conheceu uma nova época de esplendor. O reitor notifica, a 25 de Setembro de 1862, o Ministro da Marinha e Ultramar: “O número dos alunos internos é por enquanto 41, sendo todos pensionistas, excepto sete jovens chineses de Cantão que foram recebidos por conta do Fundo das Missões. Os externos são para cima de 150, andando assim uns e outros por 200, distribuídos todos pelas aulas de 1as letras, português (1.ª e 2.ª classe), latim, francês, inglês, elementos de matemática, história e geografia, filosofia racional, moral e física, para não falar nas aulas acessórias como música, etc.” Em 1864, os pensionistas e externos ascendiam a 216, e em 1870 matricularam-se 377 alunos, entre os quais o futuro marechal Gomes da Costa, que aí completou a instrução primária. Nas suas memórias, marechal Gomes da Costa diz: “As recordações que tenho do Seminário são excelentes: os professores, quase todos padres, eram bons para nós e os recreios alegres numa vasta cerca com grandes árvores”. A 20 de Setembro do mesmo ano é criado, no Seminário, o Liceu “em que recebam instrução secundária os indivíduos que não se destinarem ao estado eclesiástico”. O Decreto de 20 de Setembro de 1870, assinado pelo Marquês Sá da Bandeira, empenhou-se em reorganizar e remodelar os estudos no Seminário, mas foi algo fatal para o mesmo, pois obrigou os professores estrangeiros, sacerdotes de inegável competência literária e intelectual, entre os quais o Padre Rondina, a abandonar o Seminário. Deste período, há que salientar a figura do Padre Francisco Xavier Rondina (1827-1897), homem de elevada eloquência, de cultura invulgar, escreveu para os alunos um tratado de filosofia racional, em português, sendo ele italiano, abriu o asilo dos órfãos no Seminário, introduziu em Macau os exercícios espirituais para os jovens e os seculares, promoveu romarias à sepultura de S. Francisco Xavier, e dotou o Seminário de bons professores, nomeadamente de arte, como o pintor Ferreira e o maestro Luigi Antinori. Em reconhecimento da sua obra de educação, a Câmara resolveu, em 1871, colocar- lhe um retrato na sala de entrada do Leal Senado. Em 18 de Agosto de 1871, chega o governador do Bispado, Dr. Padre António Luís de Carvalho, trazendo consigo uma equipa de nove novos professores para o Seminário, dentre eles havia um só sacerdote. Depressa o nível de ensino baixou. Diz o Padre Videira: “os alunos registados foram 360, mas o ensino fracassou, porque o estudo de línguas e de matemática era insuficiente, as férias aumentaram para 3 meses e omitiram-se geografia, história e escrituração comercial. Os alunos alcançavam diplomas que de nada lhes valiam, para obter colocação ou continuar os estudos.” O Bispo. D. Manuel Bernardo de Sousa Enes, eleito em 1873 e confirmado em 1874, nomeou governador do Bispado, o Deão Manuel Lourenço de Gouveia; este, por sua vez, nomeou para reitor o Padre António Joaquim de Medeiros, que substituiu, com cinco missionários vindos de Cernarche do Bonjardim, a equipa anterior. Muitos jovens macaenses internaram- se no Colégio, outros matricularam-se como externos. O Padre Medeiros, no seu discurso de 10 de Setembro de 1876, informa que havia 16 seminaristas, 2 teólogos, e entre eles contavam-se 5 timorenses e 4 chineses. Este novo alento pouco durou, devido à instalação, em 2 de Janeiro de 1877, no Seminário, do próprio Bispo Enes, de carácter pouco conciliador, e, com a nomeação do seu sobrinho como vice-reitor do Seminário, o Padre Francisco Teixeira Soares de Sousa Enes, os professores começaram a debandar. Por Decreto Régio de 22 de Dezembro de 1881, o Seminário de S. José foi reorganizado com o nome de “Seminário- Liceu de S. José de Macau” e a ele anexadas as aulas do ensino comercial. Já em 1872, foi acordado, entre a Associação Promotora da Instrução dos Macaenses e o Seminário, o funcionamento neste de um curso comercial, onde se leccionava aritmética, arte de guardalivros, operações bancárias, língua chinesa, cantonense e mandarim, falada e escrita. O bispo, D. António Joaquim de Medeiros (1884-1897), confiou novamente o Seminário aos jesuítas, em 17 de Março de 1890, mas a reitoria só lhes foi entregue, a seu pedido, em 18 de Abril de 1893, na pessoa do Padre João Gonçalves. O Seminário conheceu nova época de esplendor até à expulsão dos jesuítas, por Decreto de 8 de Outubro de 1910, com a implantação da República. Acerca deste período, o Padre Alves da Silva escreve, em 1907: “Os estudos, então, e toda a economia do Seminário começaram a ter uma nova orientação; estes padres pelo ascendente moral e virtude e amor ao estudo, como não tinha havido antes, resultando daqui muitos pedirem para seguir o estado eclesiástico, e achando-se outros inclinados a abraçar a carreira dos seus próprios preceptores; donde resultou um novo estado de coisas que fazia antever um futuro muito semelhante ao dos primeiros tempos deste estabelecimento”. Com a saída dos jesuítas, os padres seculares assumiram o Seminário. Durante este período, os padres seculares deram o seu melhor e não se notou uma descida a nível de ensino. Basta dizer que, em 1909-1910, os alunos matriculados foram 285 e, em 1924-1925, subiram para 533, sendo 105 internos e 428 externos e os seminaristas 62. Funcionaram, ao longo dos 20 anos seguintes, diversos cursos: curso teológico, curso filosófico, curso comercial em inglês, curso preparatório em por tuguês e em chinês e instrução primária. Deste período, destaca-se a grande figura do hábil maestro italiano Ferdinando Maberini (1886-1956), o percursor da música religiosa chinesa da era contemporânea, o Professor António da Silva Rego, incansável investigador da história missionária portuguesa do Ultramar, Monsenhor Manuel Teixeira, exímio compilador da história de Macau, além de muitos outros. Em Agosto de 1930, tomou posse de reitor o Padre António Maria Alves S.J., a convite do Bispo D. José da Costa Nunes (1920-1940), sendo a direcção do Seminário entregue novamente aos jesuítas. Em 1931, o Padre António Roliz, S.J., zeloso missionário e educador, vendo a necessidade urgente de educar os jovens chineses externos, obteve autorização superior para fundar o Colégio de São José, dependente do Seminário. Foi seu primeiro director o reitor do Seminário. Em 1936, D. José da Costa Nunes acabou com o curso comercial e, a 18 de Maio de 1938, fechou as portas aos externos, reservando o Seminário aos candidatos à vida eclesiástica, conforme as normas emanadas pela Santa Sé. Normas estas que deram autonomia ao Colégio de São José para se constituir como Colégio independente do Seminário. Em 1999, estavam matriculados neste Colégio perto de oito mil alunos, nos seus seis estabelecimentos. A 29 de Dezembro de 1939, foi nomeado reitor o padre secular Abílio José Fernandes. A 3 de Janeiro de 1940, os jesuítas deixaram definitivamente o Seminário, por falta de pessoal, continuando apenas a auxiliar no ensino e na direcção espiritual. A pedido de muitos pais, que sentiram a falta de qualidade de ensino na área das humanidades, o Cónego Dr. Fernando Herberto Leal Maciel, reitor (1944- 1952), reabriu o externato para os portugueses. Constava dos cursos de instrução primária e secundária e funcionava no edifício n.° 1 da Rua da Prata. Nestes dois últimos períodos, a vida do Seminário desenvolveu- se regularmente. Em 1952, o Seminário contava com 250 alunos, nos seus cinco cursos. Em 1966, viviam no Seminário 70 seminaristas e 16 padres-professores. Funcionava no Seminário um curso de teologia de quatro anos, filosofia de três anos, ambos dados em latim, um curso de humanidades em português e outro em chinês, além de um curso superior de literatura chinesa. Com a Revolução Cultural Chinesa e os acontecimentos de 3 de Dezembro de 1966, o Bispo D. Paulo José Tavares, em 1967, dispersou os seminaristas dos cursos de teologia e filosofia por Hong Kong, Roma e Portugal. O Seminário fechou as suas portas em 1972. Ainda hoje sofremos as consequências desta decisão. Desde 1872 até 1985, além dos colegiais, externos e órfãos, o Seminário acolheu 1.045 seminaristas, dos quais 212 completaram aqui os estudos eclesiásticos e receberam a ordenação sacerdotal, sendo 73 naturais de Portugal, 52 de Macau, 42 da China, 17 de Timor, 16 de Hong Kong, e o restante de diversos países. Nos últimos sessenta anos, o Seminário deu à Igreja seis (6) bispos. [L.L.D.] Bibliografia: TEIXEIRA, Padre Manuel, Macau e a sua Diocese, 16 vols., (Macau, 1940-1979); SILVA da, Beatriz Bastos, Cronologia da História de Macau, 5 vols., (Macau, 1992-1998).
No dia 10 de Outubro de 1744, pragmática do Senado contra o luxo, dada por um bando publicado a rufo de tambor pelas ruas da cidade, sendo lido pelo porteiro nos lugares públicos em alta voz: “Considerando este Nobre Senado a conservação do comum, pretendeu divertir o luxo deste povo, introduzido na superfluidade do trato em que ele se pos, estando tão decadente pelo continuo atraso do comercio – remédio único de que se mantém, e de poucos anos a esta parte a gente ordinária desta Cidade, abraçando a vaidade de se ornar com lustroso tratamento, sem reparar no excesso das despesas que faz, gastando uns mais do que ganham e outros mais do que tem, para se sustentarem na aparência iguais e melhores, fazendo-se diferentes dos seus semelhantes. Para que mais não fosse, tomou este Nobre Senado o expediente de proibir o uso de cabeleiras e sombreiros a todos os que não fossem europeus de nação ou geração”. Os naturais de Macau – “a gente ordinária desta Cidade” – recorreram ao V. Rei de Goa, alegando que durante várias gerações se achavam relacionados com portugueses pelo casamento e que eles pagavam sempre as taxas e os impostos e em todas as crises financeiras tinham socorrido a cidade; eles não eram uma raça de súbditos, pois nem eles nem os seus antepassados tinham sido subjugados pelos portugueses; acrescia que os nativos de Goa podiam usar esses adornos. O V. R. atendeu o protesto dos naturais de Macau e pela portaria de 13 de Maio de 1745 ordenou à Câmara que revogasse esse édito, visto ser ilógico e injusto.
As dificuldades de se conservar a capital de Timor, Lifau, eram tais que o Governador António José Teles de Meneses, ali chegado em 1768, incendeia essa cidade e com o céu e o mar iluminados pelas chamas embarca, a 11 de Agosto (de 1769), em direcção a Dili onde fundeia a 10 de Outubro (de 1769), ficando esta a capital de Timor.
No dia 22 de Julho de 1782, é eleito Bispo de Pequim D. Fr. Alexandre de Gouveia, da Ordem Terceira Regular de S. Francisco. Nasceu em Évora a 2 de Agosto de 1751; foi confirmado a 16 de Dezembro de 1782 e sagrado em 7 de Fevereiro1783 no Convento de N. Sr.a da Porta do Céu, em Telheiras, então arrabaldes de Lisboa, por D. Fr. Francisco da Assunção, O.S.A., sendo assistentes os dois ex-Bispos de Macau, D. Bartolomeu Manuel Mendes dos Reis e D. Alexandre da Silva Pedrosa Guimarães. No dia 10 de Fevereiro de 1783, em resposta ao pedido feito para o envio dum matemático para a corte de Pequim e que o Imperador da China desejava que fosse de nacionalidade portuguesa, para substituir o Pe. Félix da Rocha, a Rainha nomeou o Bispo de Pequim, D. Fr. Alexandre de Gouveia, ele próprio versado em matemática.
No dia 10 de Outubro de 1843, o Governador Adriano Acácio da Silveira Pinto, que viria a falecer em Lisboa, no posto de Marechal de Campo, aos 23 de Março de 1868, foi nomeado Embaixador de Portugal, para tratar com os Plenipotenciários chineses sobre o estabelecimento de Macau. No dia 27 de Outubro, o ex-Governador Adrião Acácio da Silveira Pinto, que fora nomeado pelo Governador José Gregório Pegado, em sessão do Senado de 10 de Outubro, para tratar com os comissários chineses, no sentido de se melhorarem as condições da existência política deste estabelecimento, seguiu para Cantão, no brigue de guerra Tejo, do comando do Capitão-Tenente Domingos Fortunato de Vale. Agregaramse a esta missão o Procurador da Cidade, João Damasceno Coelho dos Santos e o intérprete interino, José Martinho Marques. O Conselheiro Adrião Acácio da Silveira Pinto, que chegara no brigue Tejo a Vampu, com os demais membros da missão diplomática enviada pelo Governo de Macau, para negociar com o Vice-rei Ki-Yin, seguiu pelas 7.30 h. em escaleres para Cantão, residindo, depois de realizada a conferência, na casa de campo do Mandarim graduado Pau-Teng-Kua e no Consulado da França, onde realizou repetidas reuniões, durante dez dias, com o segundo delegado chinês. A missão não conseguiu que fosse relevado o foro pago pela colónia nem dispensada a demarcação do limite para fora dos muros do Campo de Sto. António; igualmente não conseguiu obter: o aumento do número de navios desta praça, então limitado a 25, para irem negociar a Manila e outros portos estrangeiros; a permissão para construções a fazer fora dos muros de Sto. António; a autorização para os navios portugueses frequentarem o porto de Fuchau, por este porto não estar ainda franqueado ao comércio estrangeiro; e o reconhecimento dum Ministro Plenipotenciário. Os chineses anuíram, porém, à igualdade de tratamento na correspondência oficial entre as autoridades portuguesas de Macau e as chinesas do distrito, exigindo, no entanto, que a correspondência a dirigir aos altos-funcionários da capital fosse em forma de tcham (requerimento) ou pan (representação ou ofício de inferior para superior); ao idêntico pagamento dos direitos de ancoragem dos navios estrangeiros em Vampú, com redução de um mês e meio para os 25 navios portugueses de Macau (três mazes por tonelada), mas os que não pertenciam a esse número continuariam a pagar cinco mazes por tonelada; a actualização dos direitos sobre mercadorias importadas pelos chineses de Macau, segundo a nova tarifa, com extinção de todas as gratificações e despesas adicionais; a livre construção de edifícios e barcos, e a livre compra de materiais e livre emprego de operários nativos destinados para esse fim, mas dentro do limite dos muros de Sto. António; e a permissão para os navios portugueses poderem também comerciar nos portos de Cantão, Amoy, Fuchau, Neng-Po e Shanghai. No dia 14 de Novembro, são conhecidos em Macau os resultados da missão diplomática portuguesa à China traduzidos em 9 artigos contendo as deliberações do Conselho de Ministros do Império.
No dia 3 de Outubro de 1836, o Procurador Manuel Pereira propôs ao Governador João Maria Ferreira do Amaral: Os “faitiões” (embarcações chinesas de passagem e carga) deveriam ser registados e pagar 1 pataca/mês à Fazenda Pública. O Governador, em sessão do Senado, aprovou. Os faitiões que se recusassem seriam retidos. Os chinas dos faitiões começaram reuniões no Pagode Novo (zona reconquistada ao mar em frente da Ilha Verde, que se vê em mapas chineses). Aliam-se aos principais do Bazar (uma espécie de gente do mar mais a gente de terra daquela zona) contando com o apoio dos Mandarins; assim se criou o espírito de revolta. Os chinas vingavam-se do serviço das alfândegas. A tropa armou-se. De 7 para 8 de Outubro havia 36 faitiões “abicados” para Macau. De manhã desembarcaram muitos “lanchões” armados e com 3 peças de artilharia. A eles se juntaram os chinas de terra. Resultado: Confronto de mais de 1500 chinas com os portugueses que apareciam à frente. As nossas forças organizaram-se com ajuda de uma peça da alfândega e outra da Fortaleza do Monte, soldados e cidadãos, e os invasores recuaram, abandonando as peças e muito armamento. Quando os lanchões embarcaram, os faitiões foram atacados no mar por embarcações nossas: uns foram tomados, outros foram a pique, 8 ficaram encalhados. Briosas provas de união por parte dos macaenses. Os chinas fecharam todas as lojas do bazar, em conluio, única arma que lhes restou, e poderosa, para romper a nossa resistência, como era habitual. Mas desta vez Amaral avisou por Edital que arrasaria o Bazar com a artilharia do Monte se não abrissem dentro de 24 horas e todas as lojas estavam abertas na manhã de 9! A 10 estavam, com a comitiva, 2 Mandarins à porta da cidade. O Governador mandou-os dispensar a comitiva armada. A 11 apareceram de novo, sem comitiva: era só para “certificarem ao Governador os seus sentimentos de amizade”! A 9 tínhamos também fundeada na Rada a fragata a vapor Vulture, comandada pelo capitão de Mar-e-Guerra Dousal, posta à disposição do Governador pelo seu congénere de Hong Kong. A fragata regressou, sem ter necessidade de intervir, a 12. V. Leonel Barros, Jornal Tribuna de Macau de 30 de Janeiro de 1993, sobre o mesmo assunto.
No dia 10 de Outubro de 1869, foi iniciada a publicação do hebdomadário político O Oriente, fundado pelo Dr. Francisco da Silva Magalhães e tendo por administrador João Albino Ribeiro Cabral. Impresso na tipografia de José da Silva, suspendeu a sua publicação em 21 de Janeiro de 1870, mas reapareceu em Janeiro do ano seguinte, sendo suspenso em 14 de Outubro de 1872, pelo Governador Januário Correia de Almeida, Visconde e depois Conde de S. Januário.
Joaquim Angélico de Jesus Guerra foi sacerdote missionário Jesuíta, nascido aos 8 de Abril de 1908 em Lavacolhos (Fundão, Portugal). Estudou em San Martin de Trebejo (Cáceres, Espanha), entrando a 7 de Setembro de 1925 na Companhia de Jesus, em Oya (Galiza, Espanha). Com destino a Xangai, onde iria estudar teologia, viajou para a China. Contudo, ao chegar a Macau, a 10 de Outubro de 1933, é instado pelo Superior para ficar a ensinar, Filosofia e Matemática, por 2 anos, no Seminário de S. José, então sob a orientação dos Jesuítas. Foi ordenado sacerdote, a 3 de Junho de 1937 em Zikawei, Xangai ao fim dos estudos de teologia na Faculdade Pontifícia Belarmino. Para a terceira provação, última etapa de formação jesuíta, já em Tianjin 天津 então ocupada pelos japoneses (1940) começou a trabalhar no chinês alfabético. Trinta anos depois fixou um sistema próprio, interdialéctico, comum sistema tonal apropriado, que foi dado à estampa em Macau (1970). Entrou ao serviço desta Diocese, na Missão de Shiuhing [Zhaoqing 肇慶] confiada de novo aos jesuítas. Com a implantação do comunismo, foi preso, condenado à morte e levado a tribunal popular. Acabou, porém, por ser expulso em 1951. Agradecido pela libertação, passou a acrescentar ao seu próprio nome o nome 'de Jesus'. Foi de incansável dedicação no seu apostolado em Macau; abriu escolas e centros sociais, pregava com um entusiasmo contagiante; reconhecendo como fruto da dinâmica da Legião de Maria o testemunho dos cristãos perseguidos da China, implantou-a em Macau. Manteve correspondência com os fundadores, que pôde visitar em 1961. Em 1959, regressa a Portugal, para descanso e tratamento da saúde arruinada. Mesmo assim percorre Portugal fundando a Legião de Maria. O Papa João XIII, através do Movimento Por um Mundo Melhor, criou uma Equipa de Emergência para a América Latina. Joaquim Guerra, uma vez recobradas as forças, fez parte dela durante um ano, acabando por individualmente, de 1962 a 1965, percorrer quase todas as nações latinas, os Estados Unidos e o Canadá. Entre 1967 e 1972, já em Lisboa, ensinou alguns cursos de Cantonês e Mandarim, no ILAO (Instituto de Línguas Africanas e Orientais) do então ISCPU (Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina). Escrevia bastante em jornais e revistas, com linguagem incisiva e estilo muito directo. Tomou parte em congressos internacionais. Em Novembro de 1972, regressado de dois congressos na Holanda (Leiden e Haia), teve a primeira intuição de uma semântica estrutural universal a partir da língua primitiva. O seu vocabulário ter-se-ia preservado nos dicionários chineses, pois os caracteres chineses talvez tivessem sido inventados primariamente, para esse fim. À raiz desta sua investigação, escreveu numerosos artigos e publicou a obra Structural Semantics, depois de se ter avistado com professores de Linguística Geral, nas universidades dos Estados Unidos, Canadá e Europa. O Dicionário Universal de Análise Semântica é um instrumento prático para a realização desta teoria. Quando regressa ao Oriente em 1973, dedica-se quase exclusivamente à tradução para português dos clássicos chineses e à análise semântica. Publica os textos chineses baseado em J. Legge, com amplas notas críticas e o seu chinês alfabético, a par da versão portuguesa. Estas traduções representam um enorme esforço de exegese. Considera que na tradução restituiu ao texto original o seu genuíno e valioso sentido, dando interpretações que, embora presentes, andavam grandemente deturpadas pelos tradutores e mesmo exegetas chineses ao longo dos séculos. O Dr. C. K. Yen (Yan Jiagan 嚴家淦), sucessor de Jiang Kai-Shek Qiang Jieshi 蔣介石), em diploma, reconhece-lhe este valor. Foi durante este decénio de árduo trabalho que o Governo de Macau, os Jesuítas e vários benfeitores patrocinaram a edição dos seus livros. De regresso a Portugal, recolhe elementos para uma história de Macau. Acalenta e começaa pôr em prática o seu novo sonho: a tradução para inglês dos clássicos chineses a partir da sua tradução portuguesa. Numa deslocação ao Canadá para essa finalidade, em Toronto, sofre grave acidente a 11 de Agosto. Em Outubro, é internado para uma possível recuperação no Hospital Egas Moniz, Lisboa.Virá a falecer a 25 de Dezembro de 1993, no Colégio de S. João de Brito, Lumiar, Lisboa, dia para ele altamente significativo. Foi admitido como Sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa por proposta do Professor António de Almeida, sendo o Diploma e Cartão entregues a 5 de Junho de 1961. Foi um dos membros fundadores da 'The World Anti-Comunist League' estando presente na primeira sessão de 1967e sendo galardoado em 1968. Em 10 de Junho de1980, foi-lhe imposta em Macau, a Comenda Civil da Ordem da Instrução Pública conferida pelo Presidente da República de Portugal. O seu irmão Abel Guerra, além de escritor lírico, esteta e professor, era um radioestesista de renome. Tem uma extensa colaboração na imprensa periódica repartida por Macau, Portugal e Brasil, ainda por reunir. Deixou contudo um espólio considerável em entrevistas na rádio e na imprensa, textos de conferências, apontamentos espirituais e várias dezenas de cadernos de Diário. Segue-se a lista de [algumas] obras que publicou: Condenado à Morte (Porto, 1963); O Chinês Alfabético em Plano Nacional (Macau, 1970); Alphabetic Chinese on Scientific Grounds (Macau, 1970); Tyoqmhen Dsezmu Nhxphão (Macau, 1970); Structural Semantics (Macau, 1980); Dicionário Chinês-Português de Análise Semântica Universal (Macau, 1981); Livro dos Cantares, She-keng (Macau, 1979); Escrituras Selectas, Zhyãw-Shue (Macau, 1980); Quadras de Lu e Relação Auxiliar (2 vols., Macau, 1981-1983); Quadrivolume de Confúcio: Diálogos, A Grande Escola (Escola de Governo) Harmonia Perfeita, Piedade Familiar (Macau,1984); As Obras de Mâncio, Mãstsi (Macau, 1984); O Livro das Mutações, Leg-Keq (Macau, 1984); O Cerimonial, Lei-Ky (3 vols., Macau, 1987-1988); Práticada Perfeição, Daow-Te Keq (Macau, 1987). [H R.S.] Bibliografia: Entrevista ao P. Joaquim Guerra, in Asianostra,n.o 1, (Macau, 1994), pp. 35-43.
Sun Yat Sen foi sem dúvida o mais persistente líder revolucionário da história contemporânea. Entre a sua entrada no mundo da oposição ao regime imperial e proclamação da República a 10 de Outubro de 1911, Sun Yat Sen organizou, ou esteve de alguma maneira ligado a 15 tentativas de derrube do regime imperial da China.
Pelo Anúncio de 10 de Outubro de 1917 da Repartição Superior de Fazenda, procede-se a arrematação do exclusivo de preparar ópio, de o vender preparado em Macau, Taipa e Coloane e de o exportar de Macau, pelo prazo de cinco anos a contar de 1 de Agosto de 1918 e a terminar em 31 de Julho de 1923. Pelo Anúncio de 30 de Novembro de 1917, procede-se a arrematação do exclusivo do jogo de Fantan em Macau, pelo tempo de 5 anos, a contar de 1 de Janeiro de 1918 até 31 de Dezembro de 1922, por meio de propostas em carta fechada, sendo a base da praça $603.000.
Mais
Caros membros do website "Memória de Macau", olá!
Agradecemos o vosso apoio e confiança ao longo do tempo ao website de Cultura e História "Memória de Macau". A fim de otimizar a qualidade dos serviços a prestar aos membros e proteger os seus direitos e interesses, será implementada, oficialmente, uma nova versão dos "Termos e Serviços" que entrou em vigor a 28 de Abril de 2025. Por favor, leiam o texto completo da versão actualizada. O conteúdo pode ser consultado aqui:
👉 Clique aqui para tomar conhecimento da versão actualizada dos "Termos e Serviços"
Li, concordo e aceito o conteúdo actualizado dos "Termos e Serviços".
Caso tenha alguma dúvida sobre a versão atualizada, não hesite em contactar-nos.
Agradecemos o vosso contínuo apoio e confiança. O website de Cultura e História "Memória de Macau" continuará a prestar serviços aos seus membros de forma segura e conveniente.
Com os melhores cumprimentos,
Website de Cultura e História "Memória de Macau"
Data de actualização: 28 de Abril de 2025
Instruções de uso
Já tem a conta da "Memória de Macau"? Login