Surgimento e mudança da Ribeira Lin Kai de San Kio
Macau e a Rota da Seda: “Macau nos Mapas Antigos” Série de Conhecimentos (I)
Escravo Negro de Macau que Podia Viver no Fundo da Água
Que tipo de país é a China ? O que disseram os primeiros portugueses aqui chegados sobre a China, 1515
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Trata-se de um significativo conjunto de cerca de seis mil folhas manuscritas, cronologicamente situadas, na sua grande maioria, entre meados do século XVIII e a primeira metade da centúria seguinte. A temática desta documentação diz respeito às relações entre as autoridades portuguesas e chinesas a propósito do território de Macau, versando múltiplos e variados temas, no âmbito dos contactos ofic
Após meses de preparação, a caravana constituída por três Mitsubishi Pagero, baptizados com os nomes de Macau, Taipa e Coloane partiram, do simbólico Jardim Camões, em Macau, para o II Raide Macau-Lisboa, no dia 27 de julho de 1990.
Nasceu a 9 de Outubro de 1623, na localidade de Pitthem (Flandres), e faleceu em Pequim (Beijing 北京) no dia 28 de Janeiro de 1688, após uma vida dedicada à missionação e pesquisa científica. A 29 de Setembro de 1641, ainda com 17 anos, entrou para o noviciado da Companhia de Jesus em Malines. Foi nessa cidade que exerceu o magistério em Humanidades e Retórica, durante um período de cinco anos. Em 1654 deslocou- se a Roma, por desejar aprofundar os seus conhecimentos sobre Teologia e, cerca de um ano depois, defendeu teses públicas sobre o tema na Universidade de Sevilha. A partir dessa época operou-se a grande viragem da sua vida, em virtude de ter dado início à sua missão de evangelização em terras longínquas. Com 34 anos partiu de Lisboa rumo ao Oriente. Permaneceu provavelmente algum tempo na cidade de Velha Goa ou em Cochim, pois as referências existentes indicam-no como instalado no Colégio da Companhia de Jesus em Macau, por volta de 1659. Os meses passados nesta cidade foram importantes para a sua auto-reflexão e, simultaneamente, consciencialização da importância religiosa que esta cidade detinha no âmbito do Sudeste Asiático, para além do papel de relevo como ponto estratégico da rede económico- -comercial do Império Português. Nesse mesmo ano, seguiu para Shen-si (Changzhi 長治), localidade da actual província de Shanxi 山西, com a missão de evangelizar as populações dessa região da China. A 9 de Maio de 1660, deu início a outra etapa da sua vida, quando se deslocou para Pequim (Beijing 北京) a fim de apoiar o jesuíta Joham Adam von Bell Schall, já então de idade avançada, em trabalhos científicos. Entre 1660 e 1664 desenvolveu uma acção evangelizadora e científica notável. No entanto, a partir da última data, agravaram-se na China as perseguições aos missionários europeus e Verbiest foi feito prisioneiro até 2 de Maio de 1665, muito embora o problema das divergências apenas viesse a ficar resolvido em 1699. As suas capacidades e conhecimentos científicos em áreas como as Matemáticas e a Astronomia valeram-lhe a admiração e respeito do Imperador da China, K’ang- -Hsi (Kangxi 康熙). Assim, não só foi nomeado Presidente do Tribunal das Matemáticas como recebeu também a incumbência da reconstrução do Observatório Astronómico de Pequim (Beijing 北京), cargo onde se manteve até ser substituído pelo Padre Grimaldi, S.J.. Oficialmente, o referido lugar tinha sido oferecido a Tomás Pereira, S.J., que o recusou, tendo Verbiest ficado como director interino até ao regresso de Grimaldi, que na época se encontrava na Europa. O missionário teve a incumbência de estudar o calendário, mas exerceu igualmente funções a um outro nível, orientando a construção de canhões, dado o profundo interesse chinês por esse tipo de armamento. Por sua influência, o rei francês Luís XIV decidiu encarregar o director do Observatório de Paris, criado em 1667, de preparar um projecto cultural e científico com Pequim (Beijing 北京). Verbiest trocou uma intensa correspondência com algumas personalidades da época, como o Príncipe D. Pedro ou com D. Maria de Guadalupe Lencastre e Cardenas, Duquesa de Aveiro (1630-1715), senhora de reconhecido talento literário e artístico. Em 1668, aquando da embaixada de Manuel de Saldanha a Pequim (Beijing 北京), que teve por objectivo solicitar a liberalização do comércio para os portugueses estabelecidos em Macau, Verbiest actuou como medianeiro numa situação diplomática de grande delicadeza e complexidade. No papel de tradutor, exerceu toda a sua influência junto do jovem imperador chinês, numa tentativa de o sensibilizar para os problemas práticos da comunidade lusa residente em Macau. Da mesma forma, a sua intervenção foi notável aquando da missão diplomática de Bento Pereira de Faria, em 1679, à Corte Imperial, missão cujo grande objectivo era exactamente o mesmo da embaixada de Saldanha. Foi Verbiest que mandou a notícia para Macau sobre a autorização da reabertura do comércio, muito primeiro que a chapa imperial, que só chegou a Cantão em Outubro de 1680. O grande perigo da perda de influência jesuíta na China, devido ao aparecimento dos elementos da Propaganda Fide, fez-se sentir na vasta epistolografia que Verbiest dirigiu aos seus congéneres de França, Flandres e Portugal. Daí que tivesse apelado ao rei de França, no sentido de serem enviados missionários jesuítas para o Oriente, em particular todos aqueles que fossem astrónomos e/ ou matemáticos. Nessa época, trabalhos seus impressos pelo método xilográfico circulavam já pelo mundo jesuíta e académico. A sua atenção para a imprensa como forma de divulgação de trabalhos e ideias foi atenta e inovadora. Em 1674, na sua qualidade de Presidente do Tribunal das Matemáticas, imprimiu uma importante obra: Liber Organicus. Para um Novo Esferograma e o Mapa-Mundo. Nesta, assumem particular significado as representações gráficas dos principais instrumentos criados por Verbiest para aquele centro de observação, caso da esfera equinocial, do globo celeste, da esfera zodiacal, do horizonte azimutal, do quadrante e do sextante. A intervenção deste notável jesuíta também se fez sentir junto de D. Pedro de Portugal, quando, a 1 de Setembro de 1678, reforçou a importância de Macau para a sobrevivência do Império Português no Extremo-Oriente e chamou a atenção para a importância que esta praça detinha como base de cristianização. Henri Bernard, no seu catálogo Les adaptations chinoises d’ouvrages européens, bibliographie chronologique depuis la venue des Portugais à Canton jusqu’`a la Mission Française de Pékin, 1514-1688, publicou sete listas bibliográficas classificadas de A a G. A última, da responsabilidade do Padre Philippe Couplet, e publicada em 1686, integrou 15 obras da autoria e responsabilidade técnica de Verbiest. Com a presença deste missionário amigo de Portugal na Corte Imperial, Macau gozou de uma protecção especial, pois, para além de todos os religiosos fazerem parte do Padroado Português, alguns dos companheiros do jesuíta eram mesmo de nacionalidade portuguesa. Deste modo, é frequente os documentos jesuítas salientarem o grande prestígio dos missionários residentes na corte, que se reflectia na permissão de utilizarem os cavalos do Imperador ou mesmo de passearem com ele, factos inéditos naquela corte milenar. Verbiest viveu 64 anos, 46 dos quais ao serviço da Companhia de Jesus. Dos seus amigos chineses recebeu o nome de Nan Huairen 南懷仁, tendo por alcunha Dunbo 敦伯. Os seus restos mortais encontram- se no cemitério de Chala (Zhalan 柵欄), em Pequim (Beijing 北京). [A.N.M.] Bibliografia: MALATESTA, Edward, & GAO Zhiyu, Chala (Macau, 1998); MATOS, Manuel Cadafaz, “Ferdinand Verbiest”, Camões (Lisboa), n.° 7, 1999, pp.156-175; RODRIGUES, Francisco, Jesuítas Portugueses astrónomos na China, 1583-1805 (Macau, 1990); CARMO, António, A Igreja Católica na China e em Macau no contexto do Sudeste Asiático. Que futuro? (Macau, 1997).
O marinheiro Eugénio, natural de Macau, matou um china com uma pedrada na Praia da Feitoria; os mandarins exigiram a sua morte imediata. O Senado, com os moradores, pediu-lhes o prazo de 3 dias para, segundo as nossas leis, se preparar para a morte; eles deram só um dia. Simão Vicente Rosa e Miranda e Sousa ofereceram dinheiro aos mandarins, mas estes recusaram adiar; e assim foi executado o marinheiro Eugénio (no dia 9 de Novembro de 1766).
No dia 3 de Outubro de 1836, o Procurador Manuel Pereira propôs ao Governador João Maria Ferreira do Amaral: Os “faitiões” (embarcações chinesas de passagem e carga) deveriam ser registados e pagar 1 pataca/mês à Fazenda Pública. O Governador, em sessão do Senado, aprovou. Os faitiões que se recusassem seriam retidos. Os chinas dos faitiões começaram reuniões no Pagode Novo (zona reconquistada ao mar em frente da Ilha Verde, que se vê em mapas chineses). Aliam-se aos principais do Bazar (uma espécie de gente do mar mais a gente de terra daquela zona) contando com o apoio dos Mandarins; assim se criou o espírito de revolta. Os chinas vingavam-se do serviço das alfândegas. A tropa armou-se. De 7 para 8 de Outubro havia 36 faitiões “abicados” para Macau. De manhã desembarcaram muitos “lanchões” armados e com 3 peças de artilharia. A eles se juntaram os chinas de terra. Resultado: Confronto de mais de 1500 chinas com os portugueses que apareciam à frente. As nossas forças organizaram-se com ajuda de uma peça da alfândega e outra da Fortaleza do Monte, soldados e cidadãos, e os invasores recuaram, abandonando as peças e muito armamento. Quando os lanchões embarcaram, os faitiões foram atacados no mar por embarcações nossas: uns foram tomados, outros foram a pique, 8 ficaram encalhados. Briosas provas de união por parte dos macaenses. Os chinas fecharam todas as lojas do bazar, em conluio, única arma que lhes restou, e poderosa, para romper a nossa resistência, como era habitual. Mas desta vez Amaral avisou por Edital que arrasaria o Bazar com a artilharia do Monte se não abrissem dentro de 24 horas e todas as lojas estavam abertas na manhã de 9! A 10 estavam, com a comitiva, 2 Mandarins à porta da cidade. O Governador mandou-os dispensar a comitiva armada. A 11 apareceram de novo, sem comitiva: era só para “certificarem ao Governador os seus sentimentos de amizade”! A 9 tínhamos também fundeada na Rada a fragata a vapor Vulture, comandada pelo capitão de Mar-e-Guerra Dousal, posta à disposição do Governador pelo seu congénere de Hong Kong. A fragata regressou, sem ter necessidade de intervir, a 12. V. Leonel Barros, Jornal Tribuna de Macau de 30 de Janeiro de 1993, sobre o mesmo assunto.
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